Brasil e Itália no vôlei masculino é quase como Brasil e Argentina no futebol. E toda essa rivalidade vai ser colocada à prova nesta sexta-feira, às 9h (de Brasília), nas semifinais dos Jogos Olímpicos de Pequim.
Os dois times dominam o cenário internacional nas duas últimas décadas. A Itália é a recordista de títulos da Liga Mundial, com oito conquistas -uma a mais que o Brasil. Os italianos também conseguiram três títulos mundiais, enquanto os brasileiros foram campeões duas vezes. Mas nos Jogos Olímpicos, a vantagem é do Brasil: o país tem duas medalhas de ouro, enquanto a Itália nunca conquistou o título.
"A rivalidade é grande. E é bom porque dá mais raiva", disse o ponteiro Giba, que passou cinco anos no voleibol italiano.
A presença de brasileiros na Itália é quase uma regra na seleção. Dos doze jogadores do país que disputam as Olimpíadas, dez atuam ou atuaram no voleibol da Itália. Apenas os levantadores Bruno e o ponta/oposto Samuel nunca jogaram no país.
"É um time que conhece a gente muito bem, e que nós conhecemos muito bem. Vamos ter que colocar muita pressão em cima deles", disse o ponteiro Dante.
Potência no vôlei mundial, a Itália chegou aos Jogos Olímpicos desacreditada. Depois da medalha de prata em Atenas, a equipe passou por uma sucessão de campanhas pífias na Liga Mundial, no Campeonato Mundial e no Campeonato Europeu.
Mesmo assim, o time brasileiro prega o respeito em relação ao adversário. Principalmente após a vitória italiana sobre a Polônia nas quartas-de-final por 3 sets a 2.
"Eles vieram para cá desacreditados, mas ganharam muita confiança com um jogo desses. É um time muito perigoso", alertou o meio-de-rede Gustavo.
No histórico de confrontos, existe um certo equilíbrio.O Brasil venceu 26 jogos e perdeu 19. Entretanto, nos últimos anos o domínio brasileiro tem sido grande. A seleção de Bernardinho ganhou as últimas nove partidas contra os europeus.