A seleção brasileira feminina de basquete encarou com naturalidade o 'apagão' sofrido na derrota de 80 a 65 para a Austrália na noite desta segunda-feira, pela segunda rodada dos Jogos Olímpicos de Pequim.
O time equilibrava o jogo contra as atuais campeãs mundiais até o final do primeiro quarto, mas levou 19 pontos seguidos e não conseguiu mais reagir.
"O time é jovem, está se encaixando, então isto é normal. É uma fase que, infelizmente, a gente não pode pular", analisou a pivô Kelly, cestinha da partida com 21 pontos.
"Este apagão tem 'n' questões para acontecer. Este grupo precisa de tempo. A gente não pode ser condescendente com algumas coisas, mas precisa dar este tempo", completou o técnico Paulo Bassul.
O bom desempenho mostrado no segundo tempo do jogo acabou animando a seleção brasileira, que ainda fará mais três partidas na primeira fase, contra Letônia, Rússia e Belarus.
"A equipe voltou para o jogo com muita coragem. O segundo tempo foi uma lição para a gente acreditar que pode jogar de igual para igual contra a Austrália ou contra qualquer outro time", disse Kelly. "Ganhamos confiança. Agora essa equipe só vai subir", concordou a ala/pivô Êga.
Para o técnico Paulo Bassul, o Brasil mostrou evolução em relação à derrota para a Coréia do Sul na estréia dos Jogos Olímpicos de Pequim.
"A equipe jogou com inteligência e disciplina. E o time foi carudo, teve momentos ruins, mas foi para cima", disse Bassul, que confia na classificação para as quartas-de-final do torneio olímpico. "Acho que a gente pode chegar longe, inclusive nesta competição."
Segundo os cálculos da comissão técnica, duas vitórias nas três partidas restantes já bastam para o Brasil avançar de fase. "Vai ser um perde e ganha muito grande no nosso grupo. Está na hora da gente estrear no ganha", falou Bassul.