Primeira brasileira a disputar as finais da natação nas Olimpíadas de Pequim, a carioca Gabriella Silva terminou em sétimo lugar nos 100 m borboleta nesta segunda-feira. Ela ficou perto de sua meta, nadar na casa dos 57s, fechando sua participação individual no Cubo D'Água com o tempo de 58s10.
"Hoje em dia, é cada vez mais difícil acompanhar as melhores do mundo. As meninas estão nadando bem mais baixo do que antes. A diferença de um quinto lugar para um sétimo é, às vezes, de dez centésimos. E isso é mínimo. É uma batida de mão, uma unha maior, uma respiração a menos. São detalhes", afirmou a nadadora.
A medalha de ouro na prova foi para a australiana Lisbeth Trickett, com 56s73, seguida pela norte-americana Christine Magnuson (57s10) e pela também australiana Jessicah Schipper, com 57s25.
A brasileira já havia nadado em 58s, recorde sul-americano da prova, mas queria baixar ainda mais o tempo. "Estou muito feliz pelo resultado, foi bem perto do meu melhor. Estou feliz por tudo que está acontecendo, parece um sonho", afirmou.
Gabriella vibrou muito por ter alcançado a final logo na sua primeira participação nos Jogos Olímpicos. "É o sonho da minha vida. Agora já posso tatuar os anéis olímpicos. Queria fazer depois que disputasse as Olimpíadas e agora realizei isso".
A nadadora, agora, passa a se preparar para o revezamento 4x100 medley, sua próxima prova. "Tenho quatro dias para o revezamento. É só ficar calma na Vila. As meninas estão bem e tenho certeza que a Fabíola vai melhorar seu tempo. Ela não ficou satisfeita com o tempo dela ontem (1min01s00, nas eliminatórias dos 100 m costas). Ela tem tempo melhor nesse ano e, se ela conseguir nadar para 1min00s e eu conseguir nadar para 57s, com a saída lançada, a gente tem chance de baixar dois ou três segundos do recorde sul americano. A natação brasileira está vindo para conquistar espaço, não mais pra só participar".