Apontar Lauren Jackson como um dos trunfos para a seleção brasileira pode parecer estranho, mas é justamente assim que o técnico Paulo Bassul vê a estrela australiana. Com dois amistosos marcados contra a Austrália, o treinador considera positivo enfrentar as atuais campeãs mundiais com força total.
Além disso, a presença de Jackson nas partidas contra o Brasil deve ainda ser benéfica para a pivô Kelly, importante no esquema da seleção. As duas são companheiras de time no Seattle Storm, da WNBA, e a brasileira não vem jogando muito.
Como Jackson incluiu em seu contrato a exigência de liberação para as Olimpíadas duas semanas antes do que o prazo oficial da WNBA, o Seattle ficará com uma jogadora a menos no garrafão. "Minha esperança é que, com a Lauren Kackson fora, a Kelly comece a jogar mais. Isso vai ser importante para o nosso time", explica Bassul.
Além disso, enfrentar a seleção australiana na casa das campeões mundiais está sendo encarado como um trunfo. Enquanto as australianas estarão com suas principais atletas em quadra - Lauren Jackson e Penny Taylor, por exemplo, vão jogar em casa pela primeira vez desde o título mundial de 2006 -, o Brasil estará desfalcado de suas principais atletas de garrafão: Kelly, na WNBA, e Érika, se recuperando de uma fratura na perna direita.
"Psicologicamente será importante enfrentar a Austrália sem nosso time estar completo. Elas não terão muito mais o que evoluir e nós ainda não estaremos com o time completo. Nós vamos para as Olimpíadas com um upgrade", comemora.
O Brasil estréia nas Olimpíadas no dia 9, contra a Coréia do Sul. A Austrália está no mesmo grupo, ao lado de Rússia, Letônia e Belarus.