Paraolimpíadas

'Não sou Neymar ou Cielo', diz maior medalhista paraolímpico do atletismo

Daniel Zappe/MPIX/CPB
Felipe Gomes (esq.) com seu guia após receber uma de suas medalhas de prata na Rio-2016 imagem: Daniel Zappe/MPIX/CPB

Bruno Braz

Do UOL, no Rio de Janeiro

Com a prata conquistada nos 200 metros da classe T11 (cego total) nesta quinta-feira, Felipe Gomes chegou à sua terceira medalha na Paraolimpíada do Rio e tornou-se o atleta que mais vezes subiu ao pódio até aqui no atletismo brasileiro. Apesar de estar feliz com o resultado, o velocista cobrou uma maior divulgação e comparou sua visibilidade à do craque Neymar e do nadador César Cielo.

“Eu não sou um marketing como era o César Cielo, como é um Neymar da vida. O que me cabe fazer? Levar o nome do Brasil ao máximo que posso, ganhar o máximo de medalhas e tentar colher os frutos lá na frente”, declarou.

O brasileiro revelou ter ficado um pouco triste com a divulgação bem menor da Paraolimpíada em comparação com a Olimpíada. A TV Globo que detém os direitos, por exemplo, não está transmitindo ao vivo.

“Eu fico um pouco triste. Eu sou muito ligado em notícia, escuto bastante jornal, as rádios... A gente vê o tanto que falava de Olimpíada em junho, julho e a Paraolimpíada era falada até um pouco mais baixo. Dá uma tristeza, mas a gente entende que está sendo conhecido agora. É um processo evolutivo e tem que ter um pouco de paciência”, declarou.

Os feitos de Felipe Gomes podem aumentar ainda mais na Rio-2016. O carioca de Campos dos Goytacazes ainda disputará os 400 metros rasos.

“Eu fico feliz pelas minhas conquistas. Trabalhei buscando isso, estou conseguindo concluir a competição, tenho histórico de lesões e dessa vez estou conseguindo passar zerado por elas. Estou conseguindo mostrar meu melhor, fazer o meu melhor e as medalhas são consequência do trabalho feito. Estou bastante feliz”, disse.
 

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