Mo Farah foi vítima de racismo em voo de volta da Rio-2016, acusa esposa

Nem o fato de ser o atual bicampeão olímpico dos 5 mil e dos 10 mil metros livrou o fundista britânico Mo Farah, 33, de ser vítima de racismo. Segundo Tania Farah, esposa do atleta, ele sofreu com uma funcionária de uma companhia aérea quando tentou embarcar no voo de volta da Rio-2016, num trecho duas cidades dos Estados Unidos.

Em entrevista ao jornal inglês “Sunday Telegraph”, Tania falou sobre experiências de racismo. Disse que o casal sofre com isso desde a década de 1980 e que o episódio mais recente aconteceu na viagem de retorno após o britânico ter competido no Brasil.

Mo e Tania vivem em Portland, nos Estados Unidos, mas tiveram de fazer uma escala em Atlanta no voo de volta. Quando tentaram embarcar no último trecho, segundo ela, uma funcionária da Delta Airlines barrou a entrada do casal no acesso reservado à classe executiva e os mandou para a fila da classe econômica.

“Essa mulher basicamente o humilhou na frente de todos que estavam ali. As pessoas começaram a dizer que ele era o Mo Farah, o campeão olímpico, e depois disso ela ficou envergonhada. Mas antes, basicamente, ela gritou com ele para entrar na fila. Ele era a única pessoa negra ali. Nós percebemos que ela tinha um problema com ele”, relatou Tania ao jornal.

De acordo com a publicação, o casal estava acompanhado de Rhianna, 11, filha de Mo Farah em um relacionamento anterior. Eles tinham malas, roupas e até uma versão de pelúcia do leão que é mascote da equipe britânica olímpica.

Tania e a atendente da Delta Airlines teriam discutido de forma veemente depois do episódio, ainda na área de embarque. Depois de terem passado pelo setor, o casal foi aplaudido por outros passageiros.

O jornal procurou a Delta Airlines, mas a empresa não comentou o episódio e disse apenas que se preocupa com a proteção ao consumidor.