Poliana diz que Olimpíada resgatou orgulho e cita complexo de vira-lata

Medalha de bronze nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro na maratona aquática, Poliana Okimoto participou nesta quinta-feira (25) de um evento no Palácio do Governo de São Paulo em que destacou a participação brasileira no evento. Para a nadadora, o evento deixa como legado o resgate da autoestima do país e a certeza da capacidade de mudar para melhor. 

“O clima no Rio de Janeiro estava muito bom. Ser patriota, ter orgulho da nossa nação... eu acho que a Olimpíada ajudou muito na nossa autoestima. Brasileiro sempre teve muito complexo de vira-lata, sabe. Essa Olimpíada regatou isso, de ter orgulho. Quando entrei no Parque Olímpico fiquei muito orgulhosa, até arrepiei, fiquei com orgulho. Essa é a minha terceira Olimpíada e nunca vi um lugar tão maravilhoso”, disse.

“Sempre soube que íamos fazer Jogos Olímpicos maravilhosos. É nossa essência, sempre damos um jeito de fazer uma coisa bonita na hora. Estava lindo, tive muito orgulho de ser brasileira e a Olimpíada resgatou isso”, completou.

Por outro lado, a nadadora alerta que é preciso dar continuidade aos incentivos no esporte para que sejam colhidos mais resultados positivos no próximo ciclo olímpico. O Brasil se despediu com a melhor participação de sua história em Jogos Olímpicos, com sete medalhas de ouro, seis de prata e seis de bronze.

“O resultado não é de um dia para o outro não. Acho que muito foi visto e feito para a Olimpíada, mas resultados não se colhem de um dia para o outro, são anos de preparação. São anos e anos para conseguir um atleta de nível. Se continuar com investimento, com tudo que foi feito até agora, a gente vai conseguir algo melhor nos próximos Jogos”, disse.

“O atleta não é um resultado sozinho, temos uma equipe atrás da gente. Não é clichê que a gente não faz nada sozinho. A gente precisa de muita gente para nos apoiar, para nos ajudar”, completou.

De qualquer forma, ela avalia como positivo os avanços vistos no Rio de Janeiro: "Eu espero que a gente continue da mesma forma, porque estamos evoluindo muito. Os resultados mostram o quanto estamos evoluindo. Nunca nos Jogos Olímpicos e em campeonatos mundiais o Brasil teve tantas medalhas, resultados positivos e finais. É uma forma de evolução e a gente tem que progredir mais para chegar às medalhas, que é o resultado final", disse.