Natação

Nadador pede desculpas por incidente e explica acordo para deixar Rio

Harry How/Getty Images
Jimmy Feigen, durante as eliminatórias dos 100 m livre imagem: Harry How/Getty Images

do UOL, em São Paulo

Depois das declarações de Ryan Lochte, foi a vez de Jimmy Feigen pedir desculpas pela confusão armada no posto de gasolina durante os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro. Junto com os companheiros de natação Jack Conger e Gunnar Bentz, os dois protagonizaram uma das maiores polêmicas da Olimpíada.

“Gostaria de pedir desculpas pelas sérias distrações dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro e da equipe dos Estados Unidos. Nunca foi minha intenção tirar as atenções da tradicional competição e do símbolo de cooperação dos países na Olimpíada. Gostaria de agradecer ao Comitê Olímpico Internacional e as pessoas do Rio de Janeiro pela hospitalidade oferecida nestes Jogos. Só tenho mais respeito pela cidade, que teve um desempenho exemplar”, disse Feigen por meio de um comunicado oficial.

Feigen ainda deu detalhes de como foi a negociação com autoridades brasileiras para conseguir a liberação de seu passaporte para deixar o país.

"Eles me deram duas opções. A primeira era continuar no Brasil enquanto a polícia continuava a investigação. Esse processo levaria pelo menos um mês e eu teria que ficar no país. A segunda opção era pagar uma multa de R$ 100 mil pela devolução do meu passaporte, além de prestar 15 dias de trabalhos comunitários”, explicou Feigen. "Liguei para os advogados americanos para decidirmos o que seria feito. Decidimos que esse valor não era injustificável, e recusamos a oferta. A resposta deles, então, foi aumentar a proposta para R$ 150 mil", completou.

"Ao final, conseguimos negociar em R$ 35 mil. Essa multa teria que ser paga em três dias. Se não fosse paga neste prazo, eles voltariam a aumentar para R$ 150 mil. Então, contatei minha família nos Estados Unidos junto com meus advogados e fizemos o pagamento no dia seguinte. Meu passaporte foi liberado e pude voltar para casa”, finalizou.

Lochte, considerado um dos mentores do caso, se envolveu em uma das maiores polêmicas da Olimpíada ao afirmar que sofreu um assalto ao lado dos outros três nadadores americanos. Segundo a versão inicial do nadador, os quatro foram parados por assaltantes se passando por policiais na rua, em uma "falsa blitz", enquanto voltavam de táxi para a Vila Olímpica durante a madrugada.

Investigações, porém, mostraram que a história de Lochte era repleta de inconsistências. O nadador posteriormente admitiu que o incidente aconteceu em um posto de gasolina, e que na verdade um segurança apontou uma arma aos nadadores para cobrar dinheiro por danos à porta do banheiro do posto, que foi vandalizada por um dos atletas. Lochte pediu desculpas pelo ocorrido e disse que "exagerou" a história.

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