Futebol

Torcida prefere provocar argentinos, mas não abre mão de homofobia

Eduardo Knapp/Folhapress

Dassler Marques, Pedro Ivo Almeida e Rodrigo Mattos

Do UOL, no Rio de Janeiro

Presente em bom número, a torcida brasileira não ficou calada no Maracanã neste sábado (20), na final olímpica do futebol masculino. Ativo desde antes de a bola rolar, o público não poupou zoações a outros países. O alvo, no entanto, não era exatamente a Alemanha, rival da decisão em campo, mas sim a Argentina.

As provocações eram constantes, com músicas diversas. E os alvos, claro, eram Maradona e Messi. Enquanto o campeão mundial 1986 era lembrado pelos problemas com drogas, o ídolo atual do Barcelona era citado em canções que falavam de seu jejum em Copas.

Os alemães, talvez pelo histórico 7 x 1 do Mundial de 2014, não eram tão lembrados. O cenário só mudou na hora do primeiro tiro de meta cobrado por Timo Horn. O polêmico grito de “bicha”, criticado por seu teor homofóbico, apareceu em tom elevado nas arquibancadas. Foi assim também nas cobranças seguintes.

Pressão com “pentacampeão”

Quando esquecia dos rivais, a torcida exaltava o histórico da seleção cinco vezes campeã do mundo. E o grito “uh, sai do chão... quem é pentacampeão” levantou todo o Maracanã. Como em um confronto entre dois rivais regionais, a pressão se fazia presente.

Entre os jogadores, Neymar, que já era o mais festejado antes mesmo de a partida começar, recebia os gritos mais eufóricos – especialmente após o gol de falta que abriu o placar aos 27 minutos do primeiro tempo.

No início do segundo tempo, o gol de empate da Alemanha diminuiu a empolgação das arquibancadas. Mas o ritmo foi sendo retomado aos poucos com o mesmo roteiro da etapa inicial: provocações aos argentinos, gritos de "pentacampeão" e a ofensa ao goleiro rival.

 

 

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