Olimpíadas 2016

Espanha tenta maior zebra da Rio-2016: vencer "imparável" basquete dos EUA

Jayne Kamin-Oncea/Getty Images
Elena Delle Donne é uma das estrelas do Dream Team feminino na Rio-2016 imagem: Jayne Kamin-Oncea/Getty Images

Roberto Oliveira

Do UOL, no Rio de Janeiro

"Temos que ser realistas. É impossível ganhar delas." Assim Laura Nicholls, um dos destaques da Espanha, define a missão de vencer a seleção dos EUA na decisão do torneio feminino de basquete da Rio-2016. As norte-americanas vivem um dos maiores domínios de todos os tempos na história dos Jogos Olímpicos. Caso sejam derrotadas às 15h30 na Arena Carioca 1 neste sábado (20), ficarão marcadas pela maior zebra da Rio-2016.

Nem as eliminações precoces de Novak Djokovic e Serena Williams no tênis, nem a queda das brasileiras (atuais bicampeãs olímpicas) nas quartas de final do vôlei, ou a primeira derrota de Kerri Walsh Jennings após três Olimpíadas no vôlei de praia, são surpresas à altura do que seria um título da Espanha contra o Dream Team feminino no basquete da Rio-2016.

O UOL Esporte mostra o porquê dessa afirmação:

Norte-americanas buscam 6º ouro seguido nas Olimpíadas

Mark Kolbe / Staff
imagem: Mark Kolbe / Staff

Se confirmar o favoritismo na final contra a Espanha na Rio-2016, a seleção feminina de basquete dos EUA chegará a sua sexta medalha de ouro consecutiva nos Jogos Olímpicos. Elas sobem no lugar mais alto do pódio desde Atlanta-1996, passando por Sydney-2000, Atenas-2004 e Pequim-2008, até  chegar a Londres-2012.

As norte-americanas ficariam, assim, a um ouro de igualar o recorde do time masculino: sete seguidos entre 1936 e 1968. Elas empatariam ainda com a seleção masculina de hóquei da Índia, que venceu seis vezes seguidas entre 1928 e 1956. Para completar, seria o oitavo título olímpico do Dream Team em 11 edições disputadas.

Desde Montreal-1976, quando o basquete feminino entrou no calendário olímpico, elas só perderam em três ocasiões - duas para a União Soviética (1976 e 1980) e uma para a Comunidade dos Estados Independentes (CEI), formada por 12 das 15 ex-Repúblicas Soviéticas, em Barcelona-1992. Desde então, são 48 vitórias consecutivas nos Jogos Olímpicos. De quebra, venceram sete dos 10 últimos Campeonatos Mundiais.

O time dos massacres

Christian Petersen / Staff
imagem: Christian Petersen / Staff

Se os craques da NBA não têm aplicado derrotas acachapantes sobre a maioria dos adversários na Rio-2016, a realidade é diferente para as mulheres. Elas simplesmente massacram suas rivais. A vitória com menor diferença de pontos aconteceu na semifinal contra a atual vice-campeã olímpica, a França, com 19. Até então, a média era de 41 pontos de diferença.

Nas demais partidas, as norte-americanas passearam: 65 pontos sobre Senegal; 26 diante da Sérvia; 30 contra o Canadá; 43 ante a China; e 46 contra o Japão. Ou seja, ver um jogo do Dream Team feminino é certeza de espetáculo e muita bola na cesta: são 102 pontos de média no Rio em 40 minutos de jogo.

Espanha nunca subiu ao pódio olímpico no basquete feminino

David Ramos / Staff
imagem: David Ramos / Staff

Quando venceram a Sérvia na semifinal e garantiram pelo menos a prata na Rio-2016, Laura Nicholls e companhia já fizeram história. Isso porque a Espanha nunca subiu no pódio olímpico no basquete feminino. Não havia chegado sequer a um jogo de semifinal nos Jogos. A primeira vez será neste sábado.

“Vamos lutar e, acima de tudo, aproveitar, aproveitar e aproveitar”, disse Nicholls após a vitória. Para se ter uma ideia da disparidade entre as duas seleções, a Espanha foi uma das equipes massacradas pelas norte-americanas na fase de grupos - derrota por 40 pontos de diferença: 103 a 63.

Por tudo isso, as espanholas consideram uma missão impossível bater o Dream Team feminino. Se o milagre acontecer, será com sobras a maior zebra da Rio-2016. 

 

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