Infraestrutura

"Jogos foram na realidade do Brasil, não em bolha", diz COI

Laurent Gillieron/AP
Thomas Bach, presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI) imagem: Laurent Gillieron/AP

Rodrigo Mattos

Do UOL, no Rio de Janeiro

O presidente do COI (Comitê Olímpico Internacional), Thomas Bach, afirmou que os Jogos do Rio foram feitos no meio da realidade, não em uma bolha que os isolasse dos problemas do Brasil. Para ele, é positivo que o evento tenha ocorrido desta forma.

O dirigente ressaltou, mais uma vez, que não se arrepende de realizar a Olimpíada no Rio de Janeiro. E afirmou que o evento prova que é possível realizar competições desse nível em países que não estão no topo da lista do PIB no mundo.

"São Jogos no meio da realidade. Não foram organizados em uma bolha. Foram organizados em uma cidade em que há problema social. Foi bom para todos estar perto da realidade. Não estar em bolha em 16 dias e estar isolado de um país. E, sim, encarar essa realidade", afirmou Bach.

Por isso, o dirigente reconheceu que houve questões de segurança como roubos e outros incidentes. Mas, segundo ele, isso faz parte da realidade da cidade e era sabido que ocorreria. Em sua visão, as autoridades brasileiras lidaram bem com a questão.

"Faz parte da realidade social do Rio. Não aconteceu só nos Jogos. Temos uma situação especial de segurança na cidade. Nós sabíamos. As autoridades brasileiras lidaram de forma apropriada", comentou.

Bach ainda defendeu que os Jogos trouxeram benefícios para o Rio por conta de ter sido implantado um sistema de transporte. Para ele, os cariocas e a história vão ver uma cidade diferente após o evento. E negou que tenha havido aumento de orçamento dos Jogos ou necessidade de recursos públicos.

"Não há dinheiro público na organização destes Jogos. O orçamento do comitê é privado. O sistema de transporte e de moradia teve investimento privado e público era necessário. Isso criou milhares e milhares de empregos", analisou.

O Comitê Rio-2016, no entanto, enfrenta problemas financeiros e pede recursos para finalizar a organização, especialmente os Jogos Paraolímpicos. Além disso, há custos extras da Olimpíada como a Vila dos Atletas que causaram buracos no orçamento.

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