Baladas e celebridades

Com pé no Brasil e no Japão, Sabrina Sato faz ponte olímpica Rio-Tóquio

Alexander Vestri

Do UOL, no Rio de Janeiro

Os olhos puxados revelam a origem japonesa, o nariz aponta para sua descendência libanesa, mas Sabrina Sato é brasileira – até demais. "Acho que sou mais brasileira que vocês todos", brincou a apresentadora em conversa com jornalistas na Casa Japão, na Cidade das Artes, no Rio de Janeiro, nesta sexta-feira (19).

Com o fim dos Jogos se aproximando, o Brasil se prepara para passar a tocha para o Japão. Sabrina foi uma das convidadas a comandar uma tarde de apresentações sobre a cultura, os costumes e tradições de Tóquio, que vai ser a próxima sede olímpica, em 2020. "Fiquei muito feliz com esse convite. Todo brasileiro é essa 'mistureba' que eu sou: olho puxado, morena, nariz de libanês... Isso que é o brasil."

No palco do espaço, ao lado do ator Kendi Yamai, ela esbanjou seu conhecido bom humor ao falar sobre a capital nipônica e relembrar experiências que viveu lá. "Fui só uma vez para Tóquio, no ano passado, logo depois do Carnaval. Fiquei apaixonada. É tanta informação que fiquei meio doida. E, ao mesmo tempo lá tem muita paz. Pra vocês terem uma ideia, eles dormem de pé no metrô – e sem cair", diz ela, arrancando risos dos entrevistadores. "Gente, como eles sabem que chegou? Eles dormem, acordam e descem no ponto certo", se impressiona.

Ela comenta que, apesar das raízes orientais, ela se sente muito diferente dos japoneses, mas os admira. "Eles são muito organizados, e eu sou o oposto disso. Sou desorganizada, chego atrasada nos lugares", contou em meio a uma agenda cheia de compromissos - naquela tarde ela ainda visitaria um patrocinador e a casa do Time Brasil.

Talvez a personalidade descendente de orientais mais conhecida do Brasil, Sabrina confessa não saber se terá um papel maior na transição da Olimpíada do Brasil para o Japão. Tida como uma potencial garota-propaganda, também não sabe se, como Gisele Bündchen fez na abertura,  ela estará no encerramento. Tradicionalmente a festa que encerra os Jogos já apresenta a próxima sede olímpica. "Não estou sabendo de nada, gente. Acho até que vou embora amanhã (sábado). Por quê? Alguém falou que eu ia participar?", perguntou para os repórteres.

"Chata para ir a estádio"

Sobre as Olimpíadas do Rio, ela diz que prefere acompanhar os jogos pela televisão. “Sou chata para assistir com barulho, essas coisas”, conta. Apesar disso, ela planejava assistir ao atletismo no Engenhão, depois de cumprir sua agenda de compromissos do dia. “Vou ver o Bolt hoje, mas ainda tenho muita coisa para fazer. Vou ter que correr para ver o Bolt”, disse ela, rindo do próprio trocadilho.

Torcedora confessa do jamaicano, Sabrina também diz apoiar os atletas de forma geral, e não lembra de um momento marcante nessa Olimpíada. “Fico mais feliz com vitórias do que triste com as derrotas. Minha mente funciona de um jeito que só consigo ver o lado positivo das coisas. Todo atleta tem uma história incrível de superação, dá vontade de conhecer essas pessoas”, diz ela. “Eu estava vendo vôlei na minha cama e fiquei até empolgada, querendo acordar cedo no dia seguinte, correr na praia. Os atletas inspiram a gente”, completa.

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