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Censura chinesa diz para imprensa 'esquecer' insucessos na Rio-2016

 TOSHIFUMI KITAMURA/AFP
Sun Yanan, da China, vestindo vermelho, luta contra Mian Jasmine, do Canadá imagem: TOSHIFUMI KITAMURA/AFP

Da EFE

Em Pequim

Os órgãos censores da China ordenaram que os veículos de imprensa do país asiático deixem de publicar notícias sobre problemas e fracassos dos atletas chineses durante sua participação nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, e se concentrem em exaltar seu patriotismo.

"Não informem sobre as derrotas dos atletas olímpicos, informem mais sobre seu espírito patriótico", dizia uma orientação enviada para os meios de comunicação e publicada no site "Ministério da Verdade", dedicada a vazar ordens quase secretas da censura chinesa.

A ordem acontece nos últimos dias dos Jogos do Rio, onde a China vem tendo seus piores resultados em relação as últimas edições, que juntamente o surgimento de atletas locais com forte personalidade como a nadadora Fu Yuanhui, de 20 anos, mudou a forma de enfoque da imprensa chinesa, concentrando mais no lado humano dos atletas que nas conquistas.


Fu, medalhista de bronze nos 100m costas, fez mais sucesso que vencedores de ouro em esportes com pouco acompanhamento, como o halterofilismo ou o tiro, após mostrar surpresa diante das câmeras ao saber que estaria no pódio.

Outros atletas chineses também mudaram a habitual atitude fria e patriótica de seus antecessores, como a jogadora de tênis de mesa, Li Xiaoxia, que após ganhar o ouro na competição por equipes confessou que acabava de romper com seu namorado, contou o site "China Digital Times", que acompanha os meios de comunicação chineses.

Enquanto muitas vitórias passavam desapercebidas, outros episódios como um pedido de casamento feito pelo saltador Qin Kai a sua namorada, a também saltadora He Zi, quando ela recebia uma medalha, foram amplamente divulgados pelos veículos de imprensa chineses e se transformaram em viral no país, mas aparentemente a censura chinesa rejeita esta mudança de enfoque. 

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