Atletas australianos são detidos por suspeita de adulterar credencial

Dez atletas da Austrália foram detidos na noite da última sexta-feira e passaram a noite prestando esclarecimentos em uma delegacia do Rio de Janeiro. Eles teriam adulterado credenciais para tentar assistir ao jogo entre Austrália e Sérvia pelas semifinais do torneio masculino de basquete em um lugar que não era permitido a eles. 

Um membro do Comitê Olímpico Australiano (AOC, na sigla em inglês) confirmou que alguns atletas (do ciclismo, rúgbi e canoagem) foram conduzidos a uma delegacia, mas não informou o nome deles. Eles já foram liberados.

Fiona de Jong, chefe executiva do AOC, explicou a situação. “No início da noite, alguns atletas australianos foram torcer por seus companheiros no jogo da Austrália contra a Sérvia no basquete. Dez dos atletas australianos não tinham credencial para estar naquela parte do estádio. As autoridades brasileiras e nós estamos trabalhando com a questão. Ninguém foi preso ou acusado". 

Na manhã desta sexta, a chefe executiva de missão admitiu que há ainda um trâmite judicial e que os atletas podem ser processados. "Eu entendo que haverá consequências. Eles entendem que estão sob as leis brasileiras e as autoridades locais buscarão soluções. Nós vamos trabalhar com eles e com as autoridades locais. Há um trâmite ainda e nós vamos acompanhar isso. As leis brasileiras preveem de 1 a 5 anos de prisão", comentou Fiona de Jong em coletiva de imprensa.

"Em termos do processo, não podemos reclamar, são as leis do Brasil", comentou.

A chefe de missão da Austrália, Kitty Chiller, também presente na coletiva de imprensa, preferiu não dar mais detalhes sobre o caso, respondendo aos diversos questionamentos com: "vamos aguardar as autoridades locais". No entanto, ressaltou que o comitê do país dará suporte aos atletas.

"Vamos continuar apoiando todos eles e as famílias deles também. Estamos investigando as circunstâncias de que as credenciais foram falsificadas. Temos discussões sobre o que aconteceu no local, mas estamos no Brasil e apesar de ter acontecido dentro da Olimpíada, é um problema legal. Eu ainda vou falar com eles para saber o que aconteceu", disse Kitty.