! Após bater Rússia, Lucão admite ter sido "assombrado" por fantasma de 2012 - 20/08/2016 - UOL Olimpíadas

Vôlei

Após bater Rússia, Lucão admite ter sido "assombrado" por fantasma de 2012

EFE

No Rio de Janeiro

Ao contrário da maioria dos atletas das mais diversas modalidades, que negam se lembrar de derrotas passadas ao reencontrar um algoz, o central Lucão admitiu nesta sexta-feira que durante a vitória sobre a Rússia pelas semifinais dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro se lembrou da derrota na decisão de Londres 2012.

"Pensei nisso um pouquinho quando estava 5 a 1 para a gente e eles empataram em 7 a 7. Eu pensei 'este terceiro set desgraçado de novo não!'. Mas desta vez a gente conseguiu fazer uma boa sequência com o Wallace, abriu bastante e manteve isso até o fim", declarou Lucão na zona mista do Maracanãzinho.

Na final olímpica do vôlei há quatro anos, o Brasil vencia a Rússia por 2 sets a 0, mas sofreu uma dura virada. O principal responsável foi o central Dmitriy Muserskiy, de 2m18 de altura e que a partir do terceiro set foi improvisado como oposto na ocasião. Lucão é um dos quatro jogadores brasileiros que estiveram em quadra nas duas ocasiões, assim como o líbero Serginho, o levantador Bruninho e o oposto Wallace.

"A gente estava com a medalha praticamente no peito e eles a arrancaram. Ainda bem que não tinha o Muserskiy para nos atrapalhar hoje", disse, entre risos.

Mais experiente do grupo dirigido pelo técnico Bernardinho, Serginho negou qualquer sentimento de revanche e preferiu destacar a boa atuação da equipe da casa.

"O que a gente tem de pensar é que muita gente neste grupo merece e que vai ter pela frente uma Itália motivada. E jogando em casa, a gente tem de mandar, como foi hoje, impondo o ritmo", declarou o camisa 10.

No próximo domingo, Brasil e Itália repetirão a decisão dos Jogos de Atenas, em 2004. Na ocasião, o time sul-americano levou a melhor, e Serginho é o único remanescente daquela conquista.

"São jogadores diferentes, e é um outro voleibol. Hoje eles estão jogando um outro voleibol, sacando bem e bloqueando. Esta é a arma deles contra o Brasil, é a arma que a maioria da seleções está usando contra a gente. Vamos precisar ter cabeça e sacar bem de volta, como foi hoje", considerou.

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