Infraestrutura

Paes fala em "desprezo" e "pena" por nadadores americanos

Julio Cesar Guimarães/UOL
Carlos Arthur Nuzman, Thomas Bach e Eduardo Paes no local da Pira Olímpica imagem: Julio Cesar Guimarães/UOL

Daniel Lisboa

Do UOL, no Rio de Janeiro

Em entrevista coletiva realizada na manhã desta sexta-feira (19), o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, falou em "pena" e "desprezo" ao se referir aos nadadores americanos envolvidos em uma confusão em um posto de gasolina na Barra da Tijuca. "Eles têm algumas falhas de caráter e são um problema do comitê americano. Certamente não representam os atletas americanos que vieram aqui", afirmou.

As declarações foram feitas ao lado da governadora de Tóquio, Yuriko Koike, que participou da coletiva e está na cidade para a passagem da bandeira olímpica (a capital japonesa sediará os jogos em 2020). Ainda sobre os atletas americanos, Paes fez questão de salientar que as desculpas dadas pelo comitê dos Estados Unidos estão "mais do que aceitas" e que os esportistas do país que têm brilhado nas disputas.

Questionado algumas vezes a respeito do prejuízo que a Prefeitura deverá ter com as Paraolimpíadas, o prefeito disse que essa possibilidade já era prevista em contrato. Além disso, afirmou que os cerca de 150 milhões de reais que devem vir dos cofres públicos não são tão significativos  "dentro de um gasto de 7 bilhões de reais" em sua maioria custeados pela iniciativa privada.

O prefeito admitiu, entretanto, que parte deste deficit deve vir da pouca procura por ingressos para as Paraolimpíadas até o momento. Ele afirmou que "praticamente nenhum" ingresso foi vendido até então, mas que espera uma mudança na empolgação dos brasileiros com o evento quando as disputas se aproximarem. Isso aliviaria a necessidade da prefeitura arcar com os custos do evento.

Paes voltou a afirmar que não se deve comparar o legado olímpico do Rio com o de cidades de países desenvolvidos. À governadora de Tóquio, brincou lembrando que o Rio ganhou a disputa para sediar os jogos neste ano justamente porque Tóquio era "a cidade perfeita" e o Rio ainda tinha "muitos problemas a resolver", e disse que ela veio conhecer o "jeito tropical" de fazer as coisas, que às vezes "podem ficar um pouco doidas".

O prefeito do Rio ainda fez uma piada após Yuriko Koike explicar, de maneira quase solene, o porquê de estar vestindo quimono. A governadora falava sobre a simbologia do traje para a cultura japonesa e sua hospitalidade quando Paes pediu a palavra e pediu desculpas por não estar vestido de "sambista carioca". 

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