Futebol

Com medo do futuro, seleção feminina quer bronze para ajudar meta do Brasil

Buda Mendes/Getty Images
Marta comemora gol do Brasil durante os Jogos Olímpicos imagem: Buda Mendes/Getty Images

Danilo Lavieri

Do UOL, em São Paulo

A seleção brasileira feminina de futebol entra em campo nesta sexta-feira (19), a partir das 13h, para colocar fim a mais um ciclo olímpico. Com o objetivo de buscar o bronze, Marta, Cristiane e companhia enfrentam o Canadá, na Arena Corinthians, em mais um capítulo de incerteza que domina a modalidade. Deixando isso de lado, o discurso no time é de ajudar o país a subir no quadro de medalhas, coroando o espírito olímpico. 

Durante toda a preparação e inclusive em meio aos Jogos Olímpicos, o técnico Vadão clamou por incentivo e apoio para as meninas. Como já é de costume, mesmo sem toda a estrutura que dispõe o masculino, elas conseguiram figurar entre as melhores do mundo na competição. Agora, vivem a incógnita de não saber como poderão trabalhar daqui para frente.

"As mulheres já mostraram que se tiverem apoio poderão corresponder e dar resultados ainda melhores do que os que já demos. A CBF tem incentivado, mas o futebol feminino precisa de mais", explicou Vadão.

A CBF promete manter um projeto de seleção permanente, dando salário e estrutura para as mulheres, mas o ambiente entre jogadoras ainda é de incerteza, especialmente porque a ideia colocada em prática só resolve parte dos problemas: a das que já estão em alto nível.

A esperança durante a competição era a de usar o ouro como forma de motivar clubes a apostarem mais na modalidade. Com o bronze, há o temor de esquecimento.  "Eu me preocupo com a nossa reposição. Tem muita gente que quer praticar o futebol feminino e não sabe onde", completou o comandante. 

Deixando os problemas de lado, Vadão afirmou que motivou as garotas usando a ideia de ajudar o Brasil como um todo, colocando mais uma medalha no quadro. 

Bia, outro que clama por espaço do futebol feminino em escolas e clubes, aponta que a dor por não ter o ouro permanecerá por um tempo, mas a medalha de bronze pode ser um bom prêmio de consolação.

"Claro que vai ficar doendo por um bom tempo, mas a gente tem o foco, temos a esperança de uma medalha olímpica porque é muito importante para o país e para gente . Queríamos ir em busca do ouro, mas sair daqui medalhista também é importante", resumiu.

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