Baladas e celebridades

Autora de música para Joice Silva, Karol Conká manda recado para lutadora

Felipe Panfili/Divulgação
A rapper Karol Conka fechou apresentação na Arena Skol com música em homenagem à lutadora Joice Silva imagem: Felipe Panfili/Divulgação

Alexander Vestri

Do UOL, no Rio de Janeiro

Na última quarta-feira (17), enquanto a brasileira Joice Silva amargava derrota para Aisulu Tynybekova, do Quirguistão, em sua estreia na luta olímpica, Karol Conká estava trancada dentro de um estúdio, preparando seu próximo disco. A ligação entre as duas se fortaleceu desde que a rapper compôs a música "Tô na Luta", dedicada à lutadora.

Karol ficou sabendo da derrota apenas pelas redes sociais e ainda não conseguiu falar com a lutadora por causa das gravações - a rapper até cancelou shows internacionais para dedicar mais tempo ao próximo álbum.
 
“Quero falar da Joice, ela é minha atleta”, avisa a rapper de dreads cor de rosa, sem retirar os óculos escuros em seu camarim iluminado por luz branca. “Isso é um jogo é uma competição. Não é o fim do mundo, é como diz a música: ela pode cair e se levantar”, diz, parafraseando os versos da canção homenageando Joice.
 
O refrão, "Eu tô na luta, sou mulher/Posso ser o que eu quiser", também acena para sua luta pelo empoderamento feminino, tema "impulsionado pelas Olimpíadas, mas que transcende os Jogos", na opinião dela. 
 
“Esse assunto veio antes, e as campanhas de marketing abraçaram isso porque o mundo está pedindo essa mudança. Muitas marcas estão usando o assunto para conscientizar a população. Acredito que está rolando uma reeducação cultural e, depois das Olimpíadas, isso vai continuar”, analisa.
 
A cantora usa como exemplo a seleção feminina de futebol. “Elas arrasaram e merecem ser aplaudidas, assim como os homens quando arrasam. É preciso ver o sucesso das meninas no esporte como uma coisa natural”.
 
E foi assim, homenageando Joice e falando sobre empoderamento feminino, que Karol encerrou sua apresentação na Arena Skol, nesta quinta-feira (18).

A cantora, que iniciou a trajetória musical em Curitiba e se tornou nome forte do rap feminino em São Paulo, fincou os pés no Rio de Janeiro com mais força depois da abertura das Olimpíadas, em que fez uma apresentação com a Mc Soffia. “Não imaginei que iriam me convidar. Recebi o convite com muito pé no chão. Nem senti frio na barriga na hora que subi para fazer o show, eu estava totalmente focada.Só depois que saí do palco é que veio o baque”, diz a autora de “Tombei”.

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