Vadão se preocupa com formação da próxima geração do futebol feminino

O técnico da seleção brasileira feminina de futebol, Vadão, tem preocupação com o futuro de sua modalidade no país. Na véspera da disputa da medalha de bronze das Olimpíadas do Rio de Janeiro, o comandante afirmou que a reposição de atletas é lenta pela falta de espaço.

Na entrevista coletiva já na Arena Corinthians, local do jogo de sexta-feira contra o Canadá, ele elogiou o suporte da CBF, mas pediu mais.

“Ficou provado que se o futebol feminino tiver apoio, como foi o da CBF na seleção permanente, a mulher é capaz de mostrar a evolução que a gente gostaria. Apesar de todo mundo estar satisfeito com o desempenho, a reposição para a gente é lenta. Porque tem poucas atletas jogando o futebol feminino”, analisou.

“Se você for ver, tem muitas crianças, muitas meninas querendo jogar, mas não tem onde. A nossa mensagem, com ou sem medalha, é que se a gente tiver condições a gente pode chegar bem longe”, afirmou.

Já com a cabeça no jogo contra o Canadá, Vadão confirmou a presença de Cristiane, que chegou a ser desfalque por problemas musculares.  Além disso, afirmou que as mulheres já não estão mais sofrendo com a eliminação nos pênaltis diante da Suécia na semifinal.

Ajudar o país a subir no quadro de medalhas, inclusive, é um dos elementos que fazem a seleção esquecer rapidamente a derrota, segundo o comandante

“Estamos disputando as Olimpíadas. Ficamos lá na Vila Olímpica em um primeiro momento e convivemos com todos os atletas em todos os níveis, em todos os esportes. Nós vivemos os exemplos de Olimpíadas lá dentro e é isso que precisamos ter na cabeça para pensar na medalha brasileira, pensar no quadro mesmo. São muitas variáveis para nos fazer levantar a cabeça e fazer o nosso melhor. A reação delas já é bem positiva, estamos em um nível bom e estaremos bem para enfrentar o Canadá amanhã”, finalizou.

Técnico canadense espera pressão da torcida

Depois de jogar praticamente como dono de casa no Brasil, com o apoio de toda a torcida, o Canadá sabe que finalmente sentirá a pressão por jogar longe de seu país.

John Herdman afirmou que sua equipe precisará ter força mental para brigar pela medalha. "A gente sabe que agora a torcida vai ser hostil. Foi legal ter o pessoal ao nosso lado, mas agora isso vai mudar. Temos uma equipe com força mental e com muita vontade para buscar a medalha".