Luta Olímpica

Eliminada, Aline cutuca arbitragem e questiona atraso do Bolsa Pódio

Toru Hanai/Reuters
Aline Silva enfrentou a russa Ekaterina Bukina nas quartas de final da Rio-2016 imagem: Toru Hanai/Reuters

Eduardo Ohata

do UOL, no Rio de Janeiro

Aline Silva até que começou bem nos Jogos Olímpicos: avançou às quartas de final após bater a japonesa Rio Watari, mas acabou sendo derrotada na luta seguinte pela russa Ekaterina Bukina e, com a derrota de sua algoz, sequer conseguiu disputar a repescagem para seguir viva na disputa por uma medalha na luta olímpica. Após saber dos resultados, a brasileira lamentou a eliminação e cutucou a arbitragem da competição.

“A arbitragem tem que estar preparada. Disseram que não seria tolerado tapa na cara, puxão de cabelo... Só não devolvi porque estava previsto que eles seriam mais rigorosos. Sei que lutei bem, e luta é assim: você pode estar 100% (e perder)... Cumpri todas as etapas da preparação, estava bem física e psicologicamente, mas esporte é assim”, disse Aline.

Sobre a derrota da russa, que culminou com sua eliminação, a brasileira admite que sequer acompanho. "Não vi quando ela perdeu. Já estava em prantos”, completou.

CADÊ O BOLSA PÓDIO?

Apesar de estar dentro dos critérios do Bolsa Pódio, Aline ainda não viu a cor das primeiras tão prometidas parcelas da ajuda do governo federal. “Estava acostumada com o Bolsa Atleta, que o valor era menor, atrasava, mas sempre pingava. Não sei se o problema é que os valores são maiores”, revelou a brasileira, que ainda não recebeu nenhuma das quatro primeiras parcelas.

“O país está em uma situação difícil. E se tiver que voltar a trabalhar em emprego de oito horas? Como vou fazer?”, finalizou.

Além do orgulho de se tornar uma medalhista olímpica, Aline também tinha esperança de melhorar seu orçamento com uma conquista na Rio-2016. Segundo apurou o UOL Esporte, a confederação havia prometido um prêmio em dinheiro caso ela chegasse longe: R$ 100 mil pelo ouro, R$ 50 mil pela prata e R$ 25 mil pelo bronze.

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