Infraestrutura

Dirigente preso por máfia de ingresso deixa o hospital e vai para delegacia

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Patrick Hickey, irlandês preso por envolvimento com máfia de ingressos da Rio-2016 imagem: AFP PHOTO / Jack GUEZ

Do UOL, em São Paulo

Preso por suposto envolvimento em venda ilegal de ingressos, o dirigente irlandês Patrick Hickey recebeu alta no hospital Samaritano, na Barra da Tijuca, e foi encaminhado a uma delegacia para prestar depoimento e ficar à disposição da Justiça. A informação foi confirmada na tarde desta quinta-feira (18) pelo Comitê Olímpico Irlandês, entidade da qual o cartola pediu afastamento temporário.

Ontem pela manhã, Hickey recebeu voz de prisão no hotel Windsor, onde estava hospedado, por envolvimento em um esquema internacional de cambismo e se sentiu mal ao ser abordado por agentes da Polícia Civil. Com um histórico de problemas cardíacos, ele foi levado sob custódia ao hospital Samaritano e submetido a exames preventivos.

A operação que resultou na detenção de Hickey já havia gerado a prisão de outros seis suspeitos envolvidos com a máfia dos ingressos. No dia 5 de agosto, foram presos em flagrante Kevin Mallon, diretor da THG, empresa que coordenava o esquema, e Bárbara Carnieri, intérprete para clientes que desejavam adquirir os bilhetes. 1.000 ingressos que seriam comercializados por valores elevados foram apreendidos pelos policiais.

Também foram decretadas as prisões dos ingleses Martin Studd e Marcus Evans, do irlandês David Patrick Gilmore e do holandês Maarten Van Os. Todos estão fora do país, e polícia federal e Interpol serão acionados para ajudar no caso.

Uma empresa, a Pro 10, foi criada pelo grupo em abril de 2015 para revender ingressos desviados do Comitê Irlandês, informou a Polícia Civil. A abertura dessa empresa ocorreu depois que o Comitê Olímpico Internacional não aceitou a indicação da THG, que já havia sido investigada pela máfia cambista da Copa do Mundo, para realizar o serviço.

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