Polo Aquático

Cortes no polo por indisciplina abalam capitão: 'Fico triste por eles'

LASZLO BALOGH/REUTERS
Felipe Perrone, da seleção brasileira de polo aquático, durante jogo contra a Austrália imagem: LASZLO BALOGH/REUTERS

Fábio Aleixo

Do UOL, no Rio de Janeiro

 O corte por indisciplina dos atletas Paulo Salemi e Vinicius Antonelli abalaram o capitão da seleção brasileira de polo aquático Felipe Perrone. Apesar de garantir que isso não teve impacto na goelada para a Hungria por 13 a 4 na manhã desta sexta-feira no torneio de consolação da Olimpíada, o veterano falou em um sentimento de tristeza de todo o grupo.

"A gente ficou triste, pois são duas pessoas que estão há dois anos e meio conosco e não puderam viver estes últimos jogos e foram obrigados a sair da Vila. Até ter acontecido isso, vínhamos tendo uma vida normal. Após o corte, falei com eles. Eles estão conscientes do erro e não contestaram a decisão tomada pela comissão técnica. A única coisa que fizeram foi pedir desculpa", disse Perrone ao UOL Esporte.

"Além de estarem prejudicando a si próprios, também é ruim para nós pois ficamos com dois jogadores a menos. É uma situação triste. É uma lição que fica para este time e para o esporte brasileiro", completou.

Os dois atletas foram desligados do grupo na quarta-feira após passarem a noite de terça fora da Vila, quebrando regra imposta pela Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA). O detalhe do que aconteceu não foi revelado por Perrone nem pelo técnico Ratko Rudic.

"Posso dizer que foram razões disciplinares e uma decisão de todo o corpo técnico e Confederação. Não cabe a mim dar detalhes ou explicação. Estou aqui para armar o time, preparar uma tática", disse o croata.

A seleção brasileira ainda fará um jogo na Rio-2016. Jogará contra o perdedor do duelo entre Grécia e Espanha para tentar terminar na sétima colocação.

"Nosso time vai se unir ainda mais e ficar cada vez mais forte depois disso. Não vou ficar aqui julgando os meus companheiros", afirmou Gustavo Guimarães, o Grummy.

Esta não é a primeira polêmica envolvendo a seleção de polo aquático. No ano passado, no Pan de Toronto, o goleiro Thyê foi acusado de abuso sexual e teve sua prisão pedida pela polícia canadense.

Topo