Handebol do Brasil nega 'gostinho de quase' após eliminação: "Demos 200%"
Eliminada nesta quarta-feira (17) do handebol da Rio-2016, a seleção masculina se despede de cabeça erguida, sabendo que deu o seu melhor. O Brasil caiu para a França, bicampeã olímpica e uma das favoritas ao ouro, por isso o armador Thiagus não vê a eliminação como um fracasso.
“Tenho a sensação de que a gente fez tudo; não fez mais porque não poderia. A gente deu 200% hoje, mas esporte é assim”, pondera Thiagus, um dos líderes da equipe brasileira e talvez o melhor em quadra contra os franceses. “Eles foram melhores e ganharam. Não fico com ‘gostinho de quase’. O quase é quando você tem algo a mais para dar e não deu”, afirma o jogador.
A seleção masculina se despede do handebol da Rio-2016 com seu melhor resultado em Jogos Olímpicos: a presença nas quartas de final. A equipe surpreendeu Alemanha e Polônia na fase de grupos e ainda empatou com o Egito. Manteve equilibrado o jogo com a França e só foi pior que a seleção ouro em Pequim-2008 e Londres-2012 nos 15 minutos finais do jogo disputado na Arena do Futuro.
“Mais do que a gente fez aqui não se pode pedir. A gente se esforçou ao máximo e saiu esgotado da quadra”, declara Thiagus, que anotou sete gols e deu seis assistências contra a França. Ele valoriza a campanha da seleção e exalta o esforço da equipe. “Estou triste, chateado com a derrota. Nós colocamos eles em apuros, e acho que poderíamos ganhar. Mas estou feliz porque tenho a sensação de que a gente fez tudo. É um sentimento misto”, completa.
É a boa campanha que faz o técnico espanhol Jordi Ribera Romans ver saldo positivo na participação da equipe na Rio-2016. “Sabíamos que o cruzamento com a França seria muito difícil, mas a equipe esteve 100%. Só faltaram forças para chegar nos momentos finais”, avalia o treinador ao canal SporTV, referindo-se ao grande primeiro tempo do Brasil e ao equilíbrio no placar até a metade do segundo tempo.
Jordi talvez seja o grande responsável pela evolução do handebol brasileiro nos últimos anos. Ele comandou a equipe no Pan-Americano de 2007 e na Olímpiada de 2008, voltando ao comando da seleção para o atual ciclo olímpico. O técnico espanhol vê a seleção com futuro promissor. “Não dá para pedir mais do que isso (presença nas quartas de final). É uma equipe nova que tem muito a fazer, o futuro será muito bom”, aposta.