! Cinco motivos que ajudam a explicar a eliminação precoce do Brasil no vôlei - 17/08/2016 - UOL Olimpíadas

Vôlei

Cinco motivos que ajudam a explicar a eliminação precoce do Brasil no vôlei

Leandro Carneiro

Do UOL, no Rio de Janeiro

A eliminação da seleção brasileira feminina, diante da China nas quartas de final dos Jogos Olímpicos do Rio, causou surpresa no mundo do vôlei na última terça-feira. Após fazer uma primeira fase irretocável, sem um set perdido ao longo da competição, as comandadas de José Roberto Guimarães viram o fim do sonho do tricampeonato olímpico com a derrota para as asiáticas, por 3 sets a 2. 

Alguns fatores explicam a razão do Brasil ter sido derrotado, mesmo com o grande favoritismo e com a torcida totalmente a seu favor no ginásio no Maracanãzinho. O UOL Esporte mostra abaixo cinco pontos que ajudam a entender a queda da seleção:

Passe não funcionou

A recepção do Brasil foi a maior preocupação durante este ano. Em vários jogos, o problema do passe complicava Dani Lins na hora de fazer levantamentos. Em situações piores, o ponto das adversárias vinha através do saque, o que se repetiu hoje. Natália, Léia e Fernanda Garay eram as atletas responsáveis por fazer funcionar o passe. Não deu certo.

Durante o duelo contra as chinesas, Zé Roberto tentou usar Jaqueline, melhor ponteira passadora da equipe, mas também não surtiu efeito.

Queda da Natália

A jogadora foi a melhor do último Grand Prix. Era, até esta terça-feira, a melhor da seleção brasileira nos Jogos. Mas, ela foi bem marcada pelas chinesas. A jogadora até saiu de quadra com 20 pontos, mas parou muitas vezes nos  bloqueios do time adversário, isso quando não desperdiçou alguns pontos jogando a bola para fora.

Falta de opções

Zé Roberto tentou colocar Jaqueline no lugar de Natália. A alteração surtiu efeito imediato, mas foi efêmera e não conseguiu transformar o jogo a ponto do Brasil sair vitorioso. Outra opção do treinador foi a entrada de Juciely na vaga de Thaisa. Essa mudança rendeu um set para o Brasil. O problema maior foi encontrar uma alternativa que desafogasse Sheilla.

Com a atuação abaixo da média de Natália, Dani Lins utilizou por diversas vezes uma única jogada: levantar a bola para a oposta. Tentativas de jogada pelo meio de rede não alteravam o jogo e a equipe viu o emocional ficar abalado com os erros de ataque. 

Zhu Ting inspirada

Mais que demérito brasileiro, os méritos chineses apareceram também. A ponteira Ting Zhu saiu de quadra com 28 pontos. Na saída da partida, as atletas do Brasil disseram, quase todas, que a chinesa teve um dia muito inspirado.

Mudança chinesa

O primeiro set humilhante em que o Brasil ganhou por dez pontos da China fez com que a treinadora mudasse a equipe. A entrada de Zhang fez com que as chinesas começassem a acertar o passe no jogo. No primeiro set, o aproveitamento de recepção foi de 25%. Nos demais, essa média ficou acima de 43%, sendo que na terceira parcial, o índice foi de 60%.

Para conseguir virar uma bola, a seleção brasileira tinha que persistir em três, quatro ataques, devido ao bom desempenho defensivo das chinesas. Esse fator também desestabilizou as comandadas de José Roberto Guimarães

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