"Foi f...", diz Isaquias sobre reação do público após medalha na canoagem
Além de uma medalha inédita para o país na canoagem olímpica, Isaquias Queiroz, 22, já largou na frente na concorrência pelo prêmio de entrevista mais honesta da Rio-2016. Nesta terça-feira (16), após ter obtido a prata no C1 1000, o brasileiro admitiu ter ficado espantado com a rápida popularidade proporcionada pelo feito.
“Foi f.... Eu nunca tinha tido isso. Nunca tinha tido isso de a imprensa estar em cima, de torcida. Foi a primeira vez em que tem tanta gente no Brasil vendo canoagem. Lá fora, na Alemanha e na Hungria, sempre tem recorde de público. No Brasil eu sempre sonhei com isso”, relatou o brasileiro.
Isaquias chegou à Rio-2016 com possibilidade de se tornar o primeiro brasileiro a acumular três medalhas em uma edição de Jogos Olímpicos – disputará também o C1 200 e o C2 1000. Nesta terça, depois da medalha, passou por um batalhão de jornalistas e teve o nome gritado por torcedores que se debruçavam sobre o muro da zona mista, área em que os atletas passam para conversar com repórteres.
A família de Isaquias estava no local e acompanhou o desempenho do brasileiro. Quando passou por ali, contudo, o atleta não parou apenas para falar com parentes. Interagiu com torcedores, deixou que pelo menos dois deles encostassem na medalha e tirou uma infinidade de selfies.
Ainda na zona mista, Isaquias foi interpelado por Jorge Bichara, gerente-geral de performance esportiva do COB (Comitê Olímpico do Brasil). O dirigente caminhou ao lado do canoísta por alguns metros enquanto os dois conversavam. Sua presença naquele momento mostra o tamanho da aposta e do cuidado que as autoridades esportivas locais têm com o atleta.
Depois de toda essa maratona, Isaquias ainda teve de conversar com o técnico espanhol Jesús Morlán, com quem trabalha desde 2013. “Ele me deu parabéns e me disse que tinha sido uma ótima prova. Ele disse que tinha muito vento, e o Brendle rema muito mais do que eu com vento na frente. Eu tive de fazer uma tática para não estourar”, explicou o canoísta.
