Basquete

Time todo no exterior e bolas de 3. Nigéria ameaça o basquete brasileiro

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Jogadores da Nigéria se cumprimentam em jogo da Olimpíada imagem: Getty Images/Getty Images

Fábio Aleixo

Do UOL, no Rio de Janeiro

Adversária do Brasil na última rodada da fase de grupos do torneio masculino de basquete, a Nigéria era tida como a equipe mais fraca e aquela que todos deveriam bater para conseguir ter chances de avançar para as quartas de final.

Mas os nigerianos surpreenderam ao vencer a Croácia por 90 a 76 no último sábado (13) e chegam à rodada final dependendo apenas de suas forças para avançarem, algo que nem a seleção brasileira pode se dar ao luxo. A equipe de Rubén Magnano precisa bater o time africano em jogo que começa às 14h15 (de Brasília) desta segunda-feira (15) e depois torcer para a Argentina bater as Espanha, às 19h. Desta forma, o time nacional se classifica em quarto no grupo e deve pegar os Estados Unidos nas quartas de final. 

A tarefa não será fácil. A Nigéria, apesar de estar longe de ser uma potência, conta com atletas experientes e boa rodagem internacional. O Brasil vem com a moral baixa após derrota para a Argentina após duas prorrogações. Uma derrota nesta segunda acabará com um sonho de uma geração no basquete brasileiro. Jogadores como Nenê, Leandrinho e Marcelinho Huertas podem estar se despedindo de Olimpíada nesta edição do Rio. E, o jogo contra os africanos, será determinante. 

Os 12 jogadores que representam a Nigéria na Rio-2016 atuam fora do país, sendo que um deles, o ala Michael Gbinije fez toda a sua carreira universitária nos Estados e participará da próxima temporada da NBA. Ele defenderá o Detroit Pistons após ser a 49ª escolha do Draft.

A seleção nigeriana ainda tem atletas atuando em outras ligas tops do planeta, como a da Espanha, Israel e Itália.

"Vai ser um jogo divertido, será uma grande batalha. Estamos confortáveis e vamos jogar pelo nosso país. Sempre acreditamos que podíamos avançar de fase. Perdemos vários jogos apertados", afirmou  o ala-pivô Alade Aminu referindo-se às derrotas para Lituânia e Espanha por somente nove pontos de diferença após três quartos muito apertados.

Em quadra, o estilo de jogo da Nigéria pode complicar bastante o Brasil. Os africanos apostam bastante nos arremessos de três pontos, para o qual o técnico Rubén Magnano ainda não encontrou um antídoto nesta Olimpíada.

Após quatro partidas, os nigerianos arremessaram 119 bolas da linha de três pontos, contra 139 de dois. O aproveitamento de longa distância é de 37%, o quarto melhor da Olimpíada. Em seus quatro jogos na Olimpíada, o Brasil já permitiu que os adversários fizessem 126 pontos em arremessos de longe.

 

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