Ginástica

Estratégia de Zanetti o faz repetir roteiro de 2012 em busca de novo ouro

AP /Julio Cortez
Arthur Zanetti busca nesta segunda-feira o bi olímpico imagem: AP /Julio Cortez

Fábio Aleixo

Do UOL, no Rio de Janeiro

Há quatro anos, em Londres, Arthur Zanetti não era o grande favorito ao título olímpico das argolas e deixou a competição com a medalha de ouro no pescoço. Foi o último a fazer a sua apresentação no aparelho e foi capaz de obter uma nota para deixar para trás o principal candidato ao título, o chinês Chen Yibing.

Nesta segunda-feira (15), o ginasta compete, por volta das 14h (horário de Brasília), na arena olímpica do Rio de Janeiro com outro status e candidatíssimo ao primeiro lugar do pódio. Assim como ocorreu em 2012 será o último a se apresentar. E isso é fruto da estratégia montada pelo técnico Marcos Goto.

Na classificatória, no dia 6 de agosto, Zanetti diminuiu em um décimo a sua nota de partida e fez uma apresentação que o deixou em quinto lugar. À primeira vista pode parecer um mal resultado. Mas ao terminar nesta colocação garantiu o privilégio de competir sabendo exatamente que nota precisará para levar o bicampeonato olímpico - a ordem havia sido estabelecida em sorteio realizado antes do início da Olimpíada.

Agora, irá para a sua exibição, com o que tem de melhor para tentar desbancar rivais duros, com os dois últimos campeões mundiais, o grego Eleftherios Petrounias (2015) e o chinês Liu Yang (2016).

"A gente sempre tem feito essa estratégia de diminuir um pouco a nota de partida nas classificatórias, e é o que a gente fez hoje. Agora na final é fazer a série mesmo oficial e ajeitar detalhes de balanço, posição de corpo, para tentar a melhor nota. Não digo que foi esconder o jogo, porque todo mundo já conhece a série de todo mundo, mas sim depende da posição que você classifica, um pouco melhor ou não, então essa foi a estratégia que nós utilizamos novamente nessa competição", afirmou após a classificatória.

Caso vença nesta segunda-feira, Zanetti se tornará apenas o segundo brasileiro em competições individuais a ganhar o ouro olímpico em duas edições seguidas. O único até hoje foi Adhemar Ferreira da Silva, no salto triplo nos Jogos de 1952 e 1956. 

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