! Del Potro celebra superação após prata: "Isso é maior que um sonho" - 14/08/2016 - UOL Olimpíadas

Tênis

Del Potro celebra superação após prata: "Isso é maior que um sonho"

Mauricio Stycer

Do UOL, no Rio de Janeiro

Juan Martin Del Potro, medalhista de prata na Olimpíada e 141º colocado no ranking da ATP, chegou ao Rio de Janeiro sem grandes ambições. Suas atuações estavam comprometidas por três operações no punho esquerdo e seu rival logo na estreia seria ninguém menos que Novak Djokovic, o número 1 do mundo e favorito ao ouro. Mal sabia o argentino que o duelo contra o sérvio era apenas o primeiro passo de uma experiência que ficará guardada para o restante de sua vida. Algo "maior que um sonho", como resumiu o tenista em sua entrevista coletiva após a derrota por 3 sets a 1 para Andy Murray neste domingo.

"Não esperava ter esse desempenho. Quando vi a chave e vi que ia jogar com Djokovic, pensei: 'Isso aqui vai ser curto'. Mas foi incrível. O apoio da torcida me empurrando...", contou, fazendo uma pausa para lembrar do incentivo de seus compatriotas durante a semana.  “Isso vai ficar para o resto da minha vida. É maior que um sonho. Tenho uma medalha de prata que significa um ouro pra mim”.

Del Potro deixou a quadra após a partida contra o britânico satisfeito com seu desempenho no Brasil. Seus golpes potentes derrubaram Djokovic e Nadal, além de incomodaram bastante Murray. Emocionado por voltar a atuar em alto nível e levar a medalha de prata para a Argentina, Delpo, como é chamado em seu país, preferiu não analisar aspectos técnicos do duelo, mas, sim, ressaltar o valor pessoal de sua experiência olímpica.

"Não sei descrever como eu joguei hoje. A torcida me empurrou. Meu país estava me apoiando, vendo pela TV. Senti isso e, por isso, nunca desisti. Fazer um jogo de igual com o número 2 do mundo é maravilhoso", disse. "O tênis é a minha vida. Sofri muito quando não pude jogar. Hoje estou muito feliz. Falar de tênis, poder jogar..." 

Aos 27 anos, o argentino prefere não estabelecer metas para voltar às principais posições do ranking - ele foi o número 4 em 2010. Seu único desejo é jogar tênis sem as dores que o fizeram disputar apenas seis torneios entre 2014 e 2015. Apontado como um dos tenistas mais talentosos de sua geração, ele mantém os pés no chão na hora de se comparar a Djokovic, Murray, Federer e Nadal. 
 
"Meu objetivo é terminar o ano sem problemas com meu pulso. Me falta muito (para voltar a ser top 5). Tenho que trabalhar muito para enfrentar os melhores do mundo. Tenho muito para melhorar", afirmou. 
 

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