Scola é carrasco do Brasil, mas você não tem motivos para odiá-lo
Dos 12 jogadores da Argentina que enfrentarão o Brasil neste sábado em duelo decisivo da Olimpíada do Rio, nenhum é tão carrasco da seleção nacional quanto o ala-pivô Luis Scola. O atleta de 36 anos sempre eleva seu nível quando vê pela frente o time nacional e coleciona muito mais vitórias do que derrotas, sempre com atuações decisivas.
Foi assim no Mundial da Turquia de 2010, quando anotou 37 pontos no triunfo argentino por 93 a 89 nas oitavas de final. Ou na final do Pré-Olímpico de 2011. ocasião em que foi o cestinha com 24 pontos no título sobre o Brasil com vitória por 73 a 71. É possível citar também os 23 pontos que fez na semifinal do Pré-Olímpico das Américas de 2007, em Las Vegas. Lá a Argentina venceu a seleção brasileira por 86 a 79 e a deixou fora da Olimpíada de Pequim-2008.
E o que dizer então do último encontro olímpico, em 2012, quando foi o cestinha de seu time com 17 pontos no triunfo por 82 a 77 nas oitavas de final?
Neste sábado, na Arena Carioca 1, uma nova atuação de gala de Scola poderá deixar o Brasil perto da eliminação. Mas ainda que isso aconteça, não há motivos para odiar o camisa 4 da seleção argentina.
Scola jamais se envolveu em confusões com atletas brasileiros, brigas em quadra ou discussões ásperas. Sempre foi respeitoso e nunca inflamou a rivalidade, com palavras contidas em seu discurso, como fez na noite de quinta-feira após revés para a Lituânia.
"É uma partida a mais para os dois. Vale o mesmo para nós ganhar do Brasil do que ganhar da Espanha. Vamos sair a jogar e espero que a torcida se porte bem. Seria terrível que passasse algo nas arquibancadas. Vamos sair a jogar, será um dia genial e já está. Quem ganhe ou perda, depois já será outro dia", disse o argentino.