Scheidt vai mal e depende de combinação complicada para ir ao pódio na vela

A água da Marina da Glória não reservou bons resultados para Robert Scheidt neste sábado (13). Fechando a série classificatória da classe Laser, o brasileiro somou um 26º e um 11º lugar e viu os rivais abrirem vantagem no ranking geral. Complicando-se na briga por medalha, Scheidt disputa a “medal race” nesta segunda-feira (15) precisando de uma ampla combinação de resultados para subir no pódio.

Scheidt fechou a série com 114 pontos perdidos e descartou um 27º lugar para ficar com 87. O líder é o croata Tonci Stipanovic, com 57; Tom Burton (AUS) tem 67; Sam Meech (NZL) tem 77; Jean Baptiste Bernaz (FRA) tem 86; Nick Thompson (GBR) está empatado com Scheidt com 87.

Apenas dez barcos participam da “medal race”, na qual só é possível tirar 18 pontos de desvantagem – e isto se o rival for o último. Desta forma, o brasileiro precisa ficar pelo menos seis posições à frente de Meech e à frente de Bernaz e Thompson para ser bronze. Combinações possíveis são: Scheidt vencer a regata da medalha, e o neo-zelandês Sam Meech ser sétimo, oitavo, nono ou último.

Grael e Kunze se consolidam na disputa

A dupla brasileira na classe 49er FX feminino vai se firmando entre as favoritas à medalha, tendo desempenho sólido nas primeiras provas da competição. Neste sábado Martine Grael e Kahena Kunze venceram a terceira regata e tiveram ainda um 10º, um 2º e um 6º lugar no dia. Elas estão na segunda colocação geral com 29 pontos perdidos na metade da série classificatória.

Jorge Zarif com chance de pódio

Campeão mundial em 2013, Zarif abriu o dia com um ótimo 2º lugar na sétima regata da classe Finn masculino, mas não manteve o desempenho na oitava, na qual foi 13º. A inconstância o derrubou para a 6ª colocação geral a duas regatas do final da série classificatória. Ele se mantém na disputa por pódio.

“Fui muito bem na primeira regata e não tão bem na segunda, mas fiz uma boa prova de recuperação”, entende Jorge Zarif, que voltou a reconhecer a Marina da Glória. “Nos últimos dois dias a gente velejou em um maremoto. Parecia Inglaterra, velejando no canal da mancha. Hoje foi mais Rio de Janeiro”, explica, sem qualquer desapontamento pelo desempenho até aqui.

“O importante é chegar no último dia com chances. Eu disse antes do campeonato que Olimpíada seria sobre regularidade. Eu estou indo melhor do que esperava em algumas (regatas), pior em outras”, completa.

Gabriel Borges e Marco Grael seguem vivos

Na classe 49er masculino, Borges e Grael tiveram desempenho apenas apenas regular na maratona de quatro regatas disputadas neste sábado. Eles somaram dois 7ºs, um 8º e um 20º lugar – este último é o pior resultado da dupla até aqui. Na metade da série classificatória, os brasileiros ocupam a nona posição com 63 pontos perdidos.

Albrecht e Swan perdem posições

Na classe Nacra 17 misto, Samuel Albrecht e Isabel Swan foram mal nas três regatas disputadas neste sábado. As condições não eram tão ruins após um 12º e um 4º, mas um 19º e penúltimo lugar na nona regata reduziu demais as chances da dupla a três regatas da “medal race”. Eles somam 97 pontos perdidos na 11ª posição geral e precisam pensar em vitórias nas últimas provas para poder voltar a sonhar com medalha.

Fernanda Decnop não vai à final

Na classe Laser Radial feminino, Fernanda Decnop fechou a série classificatória no modesto 24º lugar, com 191 pontos perdidos. Ela ficou a 57 pontos de entrar na “medal race” e se despede da Rio-2016.