Tiro Esportivo

Príncipes árabes, com fortuna de R$ 20 bi, iniciam busca por medalha no Rio

Lars Baron/Getty Images
Nasser Al-Attiyah foi bronze na Olimpíada de Londres-2012 imagem: Lars Baron/Getty Images

Daniel Brito

Do UOL, no Rio de Janeiro

A prova de skeet do tiro olímpico, realizada nesta sexta-feira, 12, e sábado, 13, em Deodoro, reúne dois dos homens mais ricos do planeta, membros de famílias reais no Oriente Médio. Nasser Al-Attiyah, príncipe do Qatar e piloto de rali, e Saeed Al Maktoum, príncipe de Dubai, nos Emirados Árabes Unidos.

A imprensa dos dois países acompanha com entusiasmo, das tribunas, a participação dos atiradores no Centro Nacional de Tiro Esportivo Tenete Guilherme Paraense, onde são realizadas as provas da modalidade nos Jogos Olímpicos do Rio-2016.

A forma como Al Maktoum conquistou a vaga olímpica é pitoresca. Na classificatória asiática para a prova do skeet, Saif bin Futtais, compatriota do príncipe, ficou com a primeira colocação, enquanto que Maktoum foi o quarto. Então, Futtais, que é de Dubai, abdicou da condição de campeão, e Maktoum subiu uma posição, terminou em terceiro, garantindo a participação nos Jogos do Rio-2016.

Aos 39 anos, Maktoum disputa os Jogos pela terceira vez. Seu pai, Rashid bin Maktoum é o presidente do comitê olímpico local, e antigo emir de Dubai. Seu tio é primeiro ministro dos Emirados Árabes Unidos. O atirador e atleta olímpico tem três esposas e nove filhos. Sua família é uma das cinco mais ricas famílias reais do mundo, com fortuna estimada em R$ 12 bilhões.

Já o qatari Al-Attiyah, 45, é um pouco mais discreto. E mais bem sucedido esportivamente. Em Londres-2012, ele conquistou, por méritos próprios, o bronze no skeet. Também destacou-se por sua atuação como piloto de rali. Foi segundo colocado no Rali dos Sertões de 2009, o mais famoso do Brasil,

Ele é filho do ministro da energia do Qatar. Mas a fortuna da família veio por intermédio de Hamad bin Khalifa al Thani, antigo emir do Qatar, que soma R$ 7.9 bilhões. Somadas, as fortunas dos dois competidores é de aproximadamente R$ 20 bilhões.

Nas primeira três rodadas de competição de skeet no Rio-2016, foi Almaktoum quem saiu-se melhor. Terminou na 14ª colocação, enquanto que Al-Attiyah foi apenas o 30º entre 31 participantes. O brasileiro nesta prova é o Renato Portella, que é dono de um posto de gasolina em Goiás, está na 21ª colocação. Neste sábado, se encerra a primeira fase, com duas séries de 25 tiros para cada competidor.

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