Brasil acumula derrotas-chave e põe pressão sobre Fratus e Baby
O Brasil chega ao sétimo dia de Olimpíada com menos pódios do que esperava. Mais que isso, a torcida vai completar uma semana de competições com algumas derrotas doloridas nos primeiros dias. Sarah Menezes, Erika Miranda e Thiago Pereira, fortes candidatos em suas modalidades, chegaram perto do pódio e saíram de mãos abanando. As quedas precoces já começam a colocar em xeque as chances do país entrar no top 10 de medalhas, e aumentam a pressão em cima de atletas como o judoca Rafael Silva, o Baby, e o nadador Bruno Fratus.
Os dois são as maiores esperanças do país nesta sexta-feira e não terão vida fácil. O peso-pesado do judô sempre se deu bem em sua categoria, mas vem de uma lesão grave, não está na melhor forma da carreira e tem um chaveamento desfavorável. Seu maior rival, o favorito e invicto francês Teddy Riner, pode ser o adversário já nas quartas de final, caso os dois avancem normalmente.
Além da pressão por uma quarta medalha do Brasil, Baby ainda defende o bronze que conquistou há quatro anos e quer melhorar o desempenho do judô. Prevista como um dos “carro-chefes” de medalhas do país, a modalidade só levou duas atletas ao pódio e precisa de um grande desempenho no último dia para igualar o número de quatro medalhas alcançados em 2012 (um ouro e três bronzes). Além de Baby, Maria Suellen Altheman também necessita conquistar um posto no pódio.
Algumas derrotas impediram resultados melhores no tatame. Sarah Menezes tentava defender o título olímpico e caiu uma luta antes da disputa de medalhas. Erika Miranda caiu na semifinal e perdeu o bronze na repescagem, assim como Mariana Silva, que chegou com menos favoritismo. Até o bronze de Mayra, muito comemorado, também teve um gosto amargo. A própria judoca esperava ir pelo menos até a final. No masculino, nenhum judoca conseguiu chegar na disputa por medalhas.
Nas piscinas, Bruno Fratus é uma das últimas esperanças de uma equipe que até agora passou em branco. O nadador é finalista dos 50 m livre, prova na qual foi bronze no Mundial do ano passado. Seus tempos até agora, no entanto, não são dos mais animadores. Fratus passou à final com o sexto melhor tempo, 21s71, acima da marca que lhe rendeu medalha em Kazan há um ano (21s55).
Uma medalha na disputa mais curta da natação traria um alívio à modalidade do país. Esperanças menores de medalha como Felipe França, João Gomes, Marcelo Chierighini e o revezamento 4x100 m livre ficaram longe do pódio. O drama mesmo veio com Thiago Pereira, esse sim mais cotado, que brigou com Michael Phelps até os 50 m finais dos 200 m medley, perdeu fôlego e terminou em sétimo.