Técnico alemão denuncia doping de nações da ex-URSS no halterofilismo
Pelo menos oito países infringem as leis antidoping do halterofilismo, denuncia o treinador da equipe alemã que disputa os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro. Segundo Oliver Caruso, há um sistema de doping sistemático entre os levantadores de peso e as autoridades, principalmente das nações que compuseram a União Soviética, fecham os olhos.
"Além da Rússia e da Bulgária (que já foram excluídas dos Jogos no halterofilismo), vários outros países recorreram ao doping sistemático: Cazaquistão, Belarus, Uzbequistão, Armênia, Moldávia, Romênia e Ucrânia também deveriam ser excluídos. Estes países estão roubando vagas nos Jogos e talvez até mesmo medalhas", acusa Oliver Caruso em entrevista veiculado pelo jornal Bild nesta quinta-feira (11).
Ele também cita o Azerbaijão em sua lista de países supostamente não limpos, totalizando sete nações da antiga União Soviética mais a Romênia, país que fez parte do bloco do Leste. "O sistema está doente. Todo o sistema é corrupto", dispara Caruso, mas sem apontar os responsáveis.
"Há certamente alguém que cobre tudo isso. Eu sei como funciona, um treinador estrangeiro me explicou: os atletas são avisados com antecedência quando um controle vai acontecer", declara o treinador alemão.
Entre os países citados por Oliver Caruso, destaca-se o Cazaquistão, que tem 27 casos de doping neste ciclo olímpico. Belarus soma 14 casos. A permissividade do Comitê Olímpico Internacional irrita o treinador. "Eles trapacearm sistematicamente e deveriam estar fora, mas em vez disso o COI lhes dá o direito de participar tranquilamente", reclama.
De nove pódios no levantamento de peso, o Cazaquistão já faturou quatro medalhas nestes Jogos Olímpicos: um ouro, uma prata e dois bronzes.