Infraestrutura

Comitê admite descuidos com 'piscina verde': "Poderíamos ter feito melhor"

Laszlo Balogh/Reuters
Italy x Austrália no polo aquático feminino nesta quinta (11/08) imagem: Laszlo Balogh/Reuters

Rodrigo Mattos

Do UOL, no Rio de Janeiro

A cor esverdeada da água nas piscinas do Centro Aquático Maria Lenk virou polêmica nos últimos dias, chamando atenção nas disputas de saltos ornamentais e do polo aquático. Questionado sobre os erros na manutenção do local, o Comitê Organizador Rio-2016 admitiu que cometeu erros.

O Rio-2016 ainda prometeu que a aguá voltará a cor normal ainda nesta quinta (11). “Poderíamos ter feito melhor na manutenção da piscina quando vimos as questões alcalinas”, reconhece Mario Andrada, diretor de comunicação do Comitê. “Buscamos a perfeição porque não queríamos colocar química para afetar os atletas. É uma experiência para todos”, argumenta.

Na última terça-feira (09), a organização explicou que a mudança na coloração da água foi resultado da proliferação inesperada de algas na região. O maior problema foi mesmo a cor, pois os atletas, mesmo que temessem o contágio de alguma doença, não reclamaram de qualquer cheiro ou resíduos na piscina.

“Não há risco aos atletas pelo estado da área, que melhorou”, afirma Mario Andrada. “Poderíamos ter melhorado com química, mas não fizemos para não ameaçar a saúde (dos competidores), e a chuva tornou o processo mais lento. Testamos com um grupo independente para que o risco seja zero e a água melhore”, completa o membro do Comitê Olímpico.

Com a situação contornada, Andrada se permite até a brincar sobre o ocorrido. "Os brasileiros até fizeram piada sobre o jogo polo aquático e pediram a água verde porque deu sorte para vencer a Sérvia", diz, referindo-se à vitória da seleção brasileira sobre os sérvios na noite de quarta-feira (10), na então esverdeada água do Maria Lenk.

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