Relatos das provas

Brasil endurece confronto, mas perde para Ucrânia e cai na esgrima

Issei Kato/Reuters
Brasileiras Rayssa Costa, Nathalie Moellhausen, Katherine Miller e Amanda Simeao cantam antes de duelo contra a Ucrânia na competição de espada por equipes na esgrima imagem: Issei Kato/Reuters

Do UOL, em São Paulo

A equipe de esgrima brasileira feminina formada por Amanda Simeão, Nathalie Moellhausen e Rayssa Costa perdeu por 45 a 32 para as ucranianas Yana Shemyakina, Kseniya Pantelyeyeva e Olena Kryvytska no torneio de espada. O jogo foi disputado, mas as representantes do país sede não conseguiram segurar as adversárias e deixaram a vantagem aumentar no final. Com o resultado, o Brasil não passou para as quartas de final da competição nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro.

O Brasil começou o jogo correndo atrás do placar. No segundo período Nathalie Moellhausen entrou na pista para partida contra Pantelyeyeva e diminuiu a diferença: 7 a 5 para as ucranianas.

Olena Kryvytska jogou contra Rayssa Costa no terceiro período e aumentou a vantagem do time da Ucrânia em quatro pontos: 12 a 8. Amanda encaixou bons golpes e descontou para o Brasil na quarta etapa contra Pantelyeyeva: 13 a 12.

Com apenas um ponto de diferença para o empate, Nathalie foi para o sexto período em busca da virada brasileira. Apesar disso, a ucraniana se defendeu bem dos golpes e aproveitou os contra-ataques para somar pontos para o seu país.

No último ciclo de revezamento entre as atletas, a vantagem da equipe da Ucrânia aumentou em nove pontos no jogo entre Rayssa Costa e Kseniya Pantelyeyeva. No oitavo tempo, Amanda Simeão entrou para descontar, mas ficou difícil para o Brasil.

Nos três minutos finais, a ucraniana Shemyakina teve problemas no sistema de sensores e o jogo demorou a iniciar. Após toda a troca de cabeamento, a partida recomeçou.

Correndo contra o tempo, Nathalie Moellhausen partiu para cima para tirar a diferença de 10 pontos. Por outro lado, a adversária aproveitou a exposição das brasileiras e ganhou pontos no contra-ataque.

Moellhausen fez um bom jogo, mas não conseguiu a virada para o Brasil e a partida terminou com 45 a 32 para a Ucrânia.

Mudança tática influencia resultado

“A Ucrânia é uma equipe muito experiente, muito forte, muito unida. Acho que erramos mais taticamente do que tecnicamente. Coisas que tínhamos conversado que não era para fazer, fizemos. Combinamos de quando tivéssemos diferença grande no placar, não buscar tanto. Isso para a Nathalie não precisar se expor tanto. Mas não fizemos, porque começaram a gritar para irmos para cima. Deveríamos ter mantido o combinado”, analisou Rhayssa Costa ao SporTV.

"É triste, porque poderíamos ter ganhado. Temos que arrumar nossa estratégia. Se conseguíssemos tirar alguns detalhes que erramos, poderíamos ter saído com a vitória", concordou Amanda Simeão, em entrevista ao mesmo canal.

Legado da esgrima

“Depois desses bons resultados que conseguimos, o Brasil ficou muito apaixonado pela esgrima. Mas e agora? Onde que o brasileiro vai treinar? Espero que nossos resultados deem uma visibilidade maior e ajudem o esporte a evoluir. O próximo passo é organizar um campeonato mundial aqui”, disse Nathalie Moellhausen.

Disputa

A esgrima é disputada em três categorias: espada, florete e sabre. Na espada, o atleta pode atingir todas as partes do corpo do adversário com a ponta da arma. No florete, apenas o tronco e a parte frontal do pescoço podem ser tocados. E no sabre, os atletas podem golpear acima da cintura, até na cabeça.

Quando o toque é realizado e o ponto marcado, um sensor ligado ao atleta que fez o ataque dispara, emitindo luzes um som.

O objetivo das disputas por equipe é marcar 45 pontos durante nove períodos de três minutos. Os integrantes do time, formado por três atletas, se revezam. É preciso ter um jogo com cada oponente. 

O período pode terminar antes dos três minutos, se forem atingidos múltiplos de cinco. Sendo 5 no primeiro, 10 no segundo, 15 no terceiro, e assim por diante, até a nona etapa, com 45.

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