Argentino, Magnano esquece nacionalidade antes de decisão: "100% Brasil"
A inconstância da seleção masculina de basquete cria um clima de decisão para o confronto frente à Argentina, no sábado (13). Entre a tradicional rivalidade esportiva e a importância da partida para sua equipe, o técnico argentino Rúben Magnano deixa de lado sua nacionalidade.
“Sigo sendo argentino e com passaporte argentino, mas tenho que defender 100% Brasil”, afirma, comprometendo-se totalmente com a seleção que comanda. “Vamos enfrentar uma Argentina muito boa. Temos que ser competitivos, sabemos da qualidade da Argentina e se não ganharmos estamos fora”, alerta Magnano, lembrando da delicada situação brasileira no basquete masculino.
Com uma vitória em três partidas, a seleção tem quatro pontos no grupo B (cada vitória vale dois pontos; e a derrota, um). A preocupação inicial era fugir de um confronto no futuro com os Estados Unidos, mas as derrotas lembraram que um objetivo bem mais imediato está em xeque: a própria classificação às oitavas. O time ainda encara Argentina e Nigéria nesta primeira fase.
“O espírito combativo não pode cair. Tiramos 30 pontos da Lituânia, hoje buscamos um jogo perdido e ganhamos da Espanha. Temos nossos méritos”, lista Magnano, lembrando os bons momentos de seus comandados na Rio-2016.
O clima de decisão deve acirrar também o clima de rivalidade contra os argentinos, mas aí o técnico pede reflexão. “Tem que parar com essa bobagem de rivalidade, provocação não leva a absolutamente nada”, reclama. “Não entendo essa rivalidade e espero que ocorra tudo em paz.”