Vela

Scheidt fecha dia no 4º lugar geral: "Hoje era sim ou sim. Fiquei contente"

AFP PHOTO / Greg BAKER

Gustavo Franceschini

Do UOL, no Rio de Janeiro

Pressionado por dois resultados ruins nos primeiros dias, Robert Scheidt precisava melhorar seu desempenho para seguir na briga do medalha. Mesmo ainda um pouco irregular, o veterano conseguiu um 11º e um segundo lugares nas regatas do dia. Com isso, saltou para a quarta colocação geral e agora volta a respirar aliviado na disputa da classe Laser.

"Hoje [quarta] era um dia importantíssimo. Era sim ou sim pra manter chances ainda vivas. Apesar de alguns erros na primeira regata, eu vim recuperando. As condições foram muito duras, foi um dia muito físico, mas fiquei contente que cheguei no fim da segunda regata com um bom gás e consegui tirar um terceiro que virou segundo", disse o brasileiro, que ganhou uma posição por conta da punição a um rival.

Com quatro provas convencionais e a regata da medalha pela frente e seu descarte comprometido com um 27º lugar na última terça, Scheidt está a 15 pontos do líder, o croata Tonci Stipanovic. Para consegui a sexta medalha da carreira, ele não pode mais se dar ao luxo de errar.

"É bom estar mais próximo a eles. Quando você fica a 20 pontos de distância sabe que precisa fazer algo muito excepcional para chegar perto na medal race. Eu estou velejando com boa velocidade, tenho todas as armas para fazer boas regatas e chegar com chance", disse Scheidt.   

Nesta quarta, as condições foram ainda mais complicadas do que o habitual por conta do mau tempo no Rio de Janeiro. A chuva ao longo de toda a manhã e as mudanças de vento tornaram complicado o trabalho dos velejadores que foram para a água. Algumas classes, como a Nacra, chegaram a ter regatas atrasadas por conta do clima. Além da laser, de Scheidt, outras cinco embarcações brasileiras competiram.

Brasileiras começam bem na 470

Ezra Shaw/Getty Images
imagem: Ezra Shaw/Getty Images

No primeiro dia da categoria 470 feminino, Fernanda Oliveira e Ana Luiza Barbachan começaram bem a busca por medalha na Rio-2016. As duas acumularam dois quintos lugares, fechando na quarta posição geral. "Dois quintos lugares foi um bom começo. Nosso esporte premia a regularidade, então é bom começar assim. Sai a ansiedade da estreia", disse Ana Luiza.

Albrecht e Swan vencem regata

Clive Mason/Getty Images
imagem: Clive Mason/Getty Images

O início do dia não foi bom para Samuel Albrecht e Isabel Swan, dupla mista da classe Nacra. Eles largaram com um 17º lugar, mas se recuperaram na regata seguinte, na qual venceram com sobras. A dupla apostou em largar pela esquerda, longe dos concorrentes, e a escolha se mostrou correta antes mesmo da primeira marca. Albrecht e Swan lideraram toda a prova e nem a inconstância do vento os atrapalhou até a linha de chegada. A terceira regata que seria disputada nesta quarta foi adiada.

Jorge Zarif vai mal

REUTERS/Brian Snyde
imagem: REUTERS/Brian Snyde

Na Finn, Jorge Zarif foi o 11º na primeira regata do dia e caiu para o sexto lugar na classificação geral. O resultado da segunda, na qual foi o último, o afastou ainda mais das primeiras colocações, derrubando-o para o oitavo lugar com 43 pontos perdidos – 11 a mais que o turco Alican Kaynar, o terceiro.

"(O mar) estava com muita onda, mal dava para ver a boia", explica Zarif, que lamenta tantas oscilações ao longo da prova. "Mas são condições, acontece. Não é nada que a gente não saiba lidar. Não é por isso que o resultado foi ruim. Eu velejei mal mesmo", lamenta o atleta.

Demais resultados são discretos

Ezra Shaw/Getty Images
imagem: Ezra Shaw/Getty Images

Na 470 masculina, Bruno Bethlem e Henrique Haddad terminaram a regata de estreia na 19ª colocação e foram mal de novo na parte da tarde, com um 23º lugar. O desempenho discreto deixa a dupla entre os quatro últimos na classificação geral e os obriga a ter resultados muito melhores se quiserem brigar por medalha. Fernanda Decnop, por sua vez, é apenas a 23º colocada da Laser Radial após cinco disputas.

Topo