Brasileiros do polo aquático freiam euforia: "Não chegamos ao objetivo"

O Brasil alcançou nesta quarta-feira um resultado histórico no polo aquático masculino. Com o apoio da torcida, que compareceu em bom número no Parque Aquático Maria Lenk, a seleção derrubou uma potência da modalidade: a Sérvia, que desembarcou na Olimpíada com o status de atual campeã da Liga Mundial.

Um gol de pênalti no último minuto da partida assegurou o terceiro triunfo do Brasil nos Jogos dos Rio de Janeiro, complicou a Sérvia, que ainda não venceu na competição, e garantiu a classificação do time da casa às quartas de final. Adrià Delgado ressaltou a qualidade dos adversários e a importância do resultado as pretensões da equipe.

"No começo do jogo, sabíamos exatamente como a Sérvia marcaria os gols. E não dava para marcar. Os caras são muito bons. Mas, aos poucos, fomos nos entendendo, marcando melhor. E o goleiro fechou o gol. O mais importante é que todos se destacaram. O time todo fez sua parte. É isso que faz um grupo vencer. Agora é pensar na Grécia", destacou.

Ratko Rudic, técnico croata contratado pela Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA) para levar o grupo em busca de uma medalha, manteve os pés no chão e evitou o discurso de euforia.

"É um resultado histórico, mas a euforia é um sentimento muito perigoso. Ainda não alcançamos nosso objetivo. Podemos comemorar um pouco, mas é preciso recuperar rapidamente a concentração para enfrentar a Grécia", ressaltou.

A alegria estampada no rosto de cada atleta ao fim do duelo indicava o tamanho do feito brasileiro. "Fizemos história o jogo inteiro", resumiu Felipe Charuto, número 8 do time.

O confronto diante da Grécia está programado para a sexta-feira, às 19h30.