Brasileira da seleção de polo precisa lidar com alergia a cloro na Rio-2016

Já imaginou passar grande parte do seu dia em uma piscina mesmo sendo alérgico a cloro? O que pode parecer uma loucura é a realidade de Luciane Barroncas, jogadora da seleção brasileira feminina de polo aquático que disputa a Olimpíada do Rio.

A atleta de 28 anos descobriu na infância que era alérgica à substância, mas mesmo assim quis seguir carreira na água. Primeiro foi nadadora e depois mudou-se para o polo aquático. Para superar o problema, faz uso diário de um comprimido anti-alérgico.

"Quando era criança, eu acordava, ligava a torneira para lavar o rosto e escovar os dentes e começava a espirrar muito, ter irritação perto dos olhos e inchaço. Fui ao médico e descobri que tinha esta alergia. Até com a água do chuveiro tenho problema se não me cuidar. Mas com este antialérgico consigo levar uma vida normal. Não me atrapalha no esporte", contou ao UOL Esporte.

Além de viver a base de anti-alérgico, a atleta também é asmática, o que requer um grande esforço físico já que pratica um esporte que exige muito fôlego. "Uso a minha bombinha que é especial para atletas e consigo levar tudo numa boa. Acaba sendo bem tranquilo", contou a jogadora.

A chegada à Olimpíada coroa uma ascensão meteórica da jogadora e uma carreira no polo aquático que começou de maneira bem inusitada. Luciane era nadadora até os 23 anos quando decidiu parar a carreira. Passou a trabalhar em um clube e recebeu o convite por casualidade.

"Lá tinha uma piscina e o pessoal jogava polo, mas vira e mexe faltava gente para jogar. Aí me chamaram, eu comecei e não parei mais. Aconteceu tudo muito rápido", disse a atleta.

A estreia olímpica de Luciane e da seleção brasileira não foi das melhores. O time nacional foi derrotado pela Itália por 9 a 6. Nesta quinta-feira voltará a jogar contra a Rússia.