Daniele Hypolito se despede feliz de Olimpíadas mesmo sem nenhuma medalha
Chega ao fim o ciclo olímpico de Daniele Hypolito como atleta da ginástica artística. Pelo menos foi o que a própria ginasta deu a entender após terminar a final por equipes na oitava posição com a seleção brasileira nesta terça-feira, na Arena Olímpica, localizada na Barra da Tijuca.
"Acho que, provavelmente, sim (sobre ser sua última Olimpíada). Temos que ter um tempinho de transição na carreira, então vou ficar até o final de 2017 treinando com a equipe. Depois, quero terminar minha faculdade e começar a trabalhar com algumas outras coisas. Esse é meu planejamento. Não sei o que pode acontecer até lá, mas posso estar na Olimpíada de uma outra maneira. Que continuarei por ano, isso é certo. Depois, só chegando no final do ano para prever", disse na zona mista da Arena Olímpica do Rio.
Essa foi a quinta Olimpíada de Daniele, que estreou em Sydney-2000. Apesar de se despedir dos Jogos sem nenhuma medalha, Daniele, de 31 anos, nega qualquer tipo de frustração.
"Acho que o atleta sempre sente a falta de ser coroado em Jogos com uma medalha. Mas minha carreira foi coroada de maneiras diferentes. Foi coroada como a primeira medalha da história da ginástica e com a oportunidade de acompanhar gerações pioneiras. Minha carreira foi coroada dessa maneira. Me sinto honrada de ser uma desbravadora com a medalha de prata para a ginástica chegar ao nível que está hoje. Abrimos portas para as gerações futuras", completou.
Vale lembrar que a medalha de prata conquista por Daniele, aos 17 anos, no Mundial de Ghent, na Bélgica, foi o primeiro da ginástica brasileira em Mundiais.
Já que não chegou em nenhuma final individual, só resta torcer para Diego na Rio-2016. "Só tenho a agradecer a todos vocês, patrocinadores, torcedores e família por todos esses anos de apoio. Agora é passar energia para meu irmão e torcer muito. Ele também merece muito", completou.