Polo Aquático

Após gravidez e aposentadoria, veterana do polo estreia em Olimpíada

Vitor Silva/SSPress
Camila Pedrosa, jogadora da seleção brasileira de polo aquático, na estreia da Olimpíada imagem: Vitor Silva/SSPress

Fábio Aleixo

Do UOL, no Rio de Janeiro

A jogadora de polo aquático da seleção brasileira Camila Pedrosa, de 41 anos, realizou nesta terça-feira no Parque Aquático Maria Lenk um antigo sonho: disputar uma Olimpíada. Após oito Campeonatos Mundiais e três edições de jogos Pan-Americanos ela fez sua estreia olímpica contra a Itália.

E para conseguir o objetivo, ela teve de deixar a aposentadoria e encarar treinos duros. Camila ficou longe da água por três anos. Parou em 2012 para dar à luz a filha Helena e só retornou em 2015, às vésperas do Pan de Toronto (CAN).

"Estar em uma Olimpíada e o que faltava em meu currículo . Quando decidi voltar, lá no início muitas pessoas achavam que eu não conseguir por já estar com 40 anos. Mas eu tenho facilidade, porque nado muito rápido. Só que preciso jogar com inteligência, pois a força já não é mais a mesma", disse ao UOL Esporte.

A parte ruim apenas é ficar longe das filhas. Além de Helena, que tem anos, ela tem outra chamada Julia, de dez. Mas garante tirar de letra o desafio que se propôs para poder ser uma atleta olímpica já veterana.

"Estou acostumada, pois o meu marido me ajuda bastante. Agora estou no Brasil e tudo facilita. Neste ano, por exemplo, fiquei um mês na China, longe delas. Mas com a tecnologia, telefone e internet tudo fica mais fácil", disse.

A partir de amanhã as duas filhas estarão no Rio de Janeiro para torcer pela mãe.

"Elas chegam e ficam até o final. Estão muito animadas", disse Camila.

Ela falou também da naturalização de atletas na seleção masculina de polo e disse que gostaria de ter estrangeiras no time feminino, ainda que reconheça que isso não é benéfico para o desenvolvimento da modalidade no país.

"Para o polo do Brasil não é bom porque eles vêm e vão embora e não se formam atletas. Mas para conseguir bons resultados nos Jogos é ótimo. Seria bom se tivessem trazido estrangeiras para reforçar a nossa equipe. Ficaria mais difícil para mim e eu teria de treinar mais. Mas eu apoio (risos)", disse.

Sem estrangeiras, o Brasil foi derrotado pela Itália por 9 a 3 nesta terça-feira e agora enfrentará a Rússia na quinta.

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