Bernardinho se inspira em patinador americano para quebrar jejum do Brasil

A seleção brasileira de vôlei masculino entra em quadra neste domingo, contra o México, às 11h35, para começar a caminhada que poderá acabar com a sequência de “quase” dos últimos anos. Desde 2010, a seleção não sabe mais o que é ser campeã e ainda amarga seis vice-campeonatos dos torneios principais como Liga Mundial, Olimpíada e Mundial.

Bernardinho sabe do tamanho dessa responsabilidade e até se compara ao patinador Dan Jansen. O americano esteve em três Olimpíadas em busca do ouro e só foi conseguir na terceira, em sua última prova, nos 1000 metros, em Lillehammer, na Noruega.

“Ele foi ganhar a única medalha de ouro dele, na última prova, na última Olimpíada em que participou. Fez trabalho com um psicólogo. Quem sabe a gente não está se preparando para isso? É a nossa, de alguns certamente, última possibilidade e o fim de um ciclo para muitos que aqui estão nessa batalha há um tempo. Está na hora de esse grupo ser premiado pelo trabalho que vem fazendo e pelo vôlei que tem demonstrado em muitos momentos. Eu quero encerrar bem esse ciclo, que foi difícil”, disse Bernardinho.

“Algumas frustrações que o time tem, apesar de ter feito coisas tão boas e ter falhado. Está na hora de a gente mudar”, completou.

No ciclo citado pelo treinador, o Brasil perdeu o Mundial para a Polônia, em 2014, além de três vice-campeonatos da Liga Mundial, para Rússia, Estados Unidos e Sérvia, em 2013, 2014 e 2016, respectivamente.

O capitão da seleção neste ciclo é o levantador Bruninho. O jogador chorou muito após a derrota na última Olimpíada, mas não vê pressão para os Jogos.

“A gente quer ganhar, isso está dentro da gente, então, isso frustra. Eu tenho essa esperança, essa fé que a gente vem fazendo de tudo para que agora a sorte mude de lado”, falou.