Atletas do Brasil veem torcida como trunfo por medalha: "Oitavo jogador"
A vitória do Brasil sobre a Polônia por 34 a 32, neste domingo, na Arena do Futuro, encheu os atletas da casa de otimismo para a sequência na Olimpíada. Além da satisfação por surpreender os europeus – candidatos a uma medalha no Rio de Janeiro –, a seleção brasileira de handebol deixou a quadra satisfeita pelo apoio do público, que abafou os cânticos poloneses e gritou com intensidade durante os dois tempos.
O bom desempenho em quadra neste domingo e a presença da torcida fazem com que os jogadores brasileiros, apesar da falta de tradição do país na modalidade, sonhem com uma medalha.
"[A vitória contra a Polônia] É um passo muito pequeno para o nosso time. Nosso sonho é fazer história. Queremos fazer mais. Queremos nos classificar e pegar uma medalha", contou Toledo, em entrevista ao Sportv.
O discurso de Toledo foi endossado por João, que vê a força da torcida como um oitavo jogador: "Ninguém vem para a Olimpíada pensando em ficar em sexto. Todo mundo pensa em medalha".
Para Chiuffa, "não há maneira melhor de estrear em uma Olimpíada". A exemplo dos companheiros, ele elogiou o comportamento da torcida, "peça-chave contra a Polônia".
"A torcida como se fosse um oitavo jogador. O estilo de jogo do Brasil é muito vibrante. Isso pode ter um efeito no decorrer da competição", afirmou.
Repetir o sucesso do time feminino é o objetivo
Enquanto a seleção feminina de handebol iniciou a Olimpíada respaldada pelo título no Mundial de 2013, a equipe masculina foi ao Rio sem a mesma badalação e com um grupo formado por jovens desacostumados à atmosfera olímpica.
Apenas um atleta do time masculino, o goleiro Maik, disputou uma edição dos Jogos, em Pequim, há oito anos. A possibilidade de seguir o mesmo caminho do grupo feminino anima os comandados do técnico Jordi Ribera.
"A equipe feminina já conseguiu fazer história. Estamos seguindo o mesmo caminho, trabalhando a cada dia. Nosso técnico é muito bom, muito detalhista. Estamos conseguindo colocar em prática o que ele diz", afirmou Lucas Cândido.