! Da garagem de casa à prata na Rio-2016, Wu diz que torcida fez a diferença - 06/08/2016 - UOL Olimpíadas

Tiro Esportivo

Da garagem de casa à prata na Rio-2016, Wu diz que torcida fez a diferença

Daniel Brito

Do UOL, no Rio de Janeiro

Dono da primeira medalha do Brasil nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, Felipe Wu acredita que a torcida fez diferença em seu feito. Além do apoio em todo instante na disputa do tiro esportivo de 10m, o público cantou à capela o hino nacional, mesmo com o brasileiro ficou com a prata.

“Até hoje de manhã, eu dizia que torcida não fazia diferença. Mas fez diferença nessa medalha o apoio de todo mundo ali, quando eu precisava, todos me deram uma força e acho que a torcida fez a diferença”, afirmou.

“Fui muito legal a torcida cantar o hino após a cerimônia do pódio. Para muitos a prata pode ser um fracasso, mas para nós é uma grande vitória”, continuou.

Aos 24 anos e em sua primeira disputa de Jogos Olímpicos, Wu acredita que a conquista “não foi um trabalho de sete meses, mas de 12 anos”. “Eu treinava na garagem de casa porque não havia lugar, mas agora eu treino na Hebraica (clube na Zona Oeste de São Paulo) e estou bastante feliz por estar lá”.

O brasileiro atribuiu o feito, também, ao seu treinador, o colombiano Bernardo Tobar, que disputou três Jogos Olímpicos. Eles trabalham juntos há menos de um ano. “O conheci quando fui à Colômbia disputar um Sul-Americano. Ele realmente foi muito importante, a gente se dá muito bem”.

A conquista de Wu não foi marcante apenas por ser a primeira medalha do Brasil na edição 2016 dos Jogos. Desde 1920, na Antuérpia, que o país não subia ao pódio na modalidade. Na ocasião, Guilherme Paraense conquistou o ouro nos 25m e Afrânio da Costa, a prata nos 50m.

“Todo mundo que me entrevistava me falava do tabu desde 1920 sem medalha. Para o atleta é complicado ficar pensando nisso, porque se eu focar na medalha, vou esquecer o que fazer”, explicou.

“A cada momento da competição, eu estava preocupado em executar o tiro atual. Não pensava em medalha, o ideal é pensar no que fazer naquela hora. Em alguns momentos, eu pensava: ‘pô, tenho que passar para a final’”, completou.

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