Com provas fora do skate olímpico, Bob diz que ajuda até como designer

Se o brasileiro Bob Burnquist, um dos maiores skatistas do mundo, estará em Tóquio 2020 ainda não se sabe - ele adianta que provavelmente não, já que suas provas foram excluídas do programa olímpico pelo COI (Comitê Olímpico Internacional). Mas é certo que ele não ficará fora da festa. Quer contribuir, mais do que já fez, para que o skate tenha uma estreia impecável na Olimpíada.

"Eu estou competindo nas provas de vertical, mega rampa e bowl, e as [provas] que entraram foram park e street”, explica. “Não tem como [competir], mas vou ajudar de alguma forma, seja desenhando uma rampa ou ajudando a nossa equipe, ficando perto da galera", completa.

Agora, se as provas nas quais ele compete forem incluídas, Bob não descarta integrar a delegação brasileira que irá a Tóquio. "Se isso acontecesse, eu pensaria em competir, sim. Vontade não me falta, mas eu não tenho nenhuma reclamação com o fato das minhas modalidade não estarem dentro dos Jogos", disse o skatista ao UOL Esporte.

Ele afirmou que o Brasil chegará com chances de pódio e até listou alguns favoritos. "Se fosse este ano, se o skate competisse agora (no Rio 2016), Luan de Oliveira, Kelvin Hoefler, Leticia Bufoni e Pedro Barros [seriam favoritos], entre outros. Temos quatro anos pela frente e do jeito que a galera mais nova está andando, outros nomes vão surgir", analisa.

O COI anunciou a inclusão do skate e mais quatro modalidades (surfe, beisebol, softbol e caratê) no programa de Tóquio a poucos dias do início dos Jogos do Rio. A decisão não surpreendeu o brasileiro.  

"Essa inclusão do skate nos Jogos Olímpicos era uma coisa inevitável por causa evolução do esporte. Foi uma batalha de anos e de muitos pedidos, mas essas coisas levam tempo. Agora chegou a hora. Teremos quatro anos para organizar e planejar tudo para que o esporte seja bem representado em Tóquio não só pelos atletas, mas também pelo formato de competição", afirma Bob.