Handebol

Três irmãs mostram por que o handebol virou esporte querido em Angola

UOL
Jogadoras de handebol de Angola após treino preparatório à Rio-2016 imagem: UOL

Luis Augusto Simon

Do UOL, no Rio de Janeiro

Em Londres-2012, Marcelina Kiala conduziu a bandeira de Angola no desfile de encerramento. No Rio-2016, Luisa Kiala conduzirá a bandeira na abertura dos Jogos. De irmã para a irmã, uma simbologia que significa a importância da família para o handebol angolano.

O desfile de Marcelina marcou sua despedida da seleção, após quatro Olimpíadas. Luisa alcança a mesma marca, agora em 2016, em uma equipe que tem Natália Bernardo como capitã. É a irmã mais nova do clã. "No Mundial de Cadetes do ano passado, tivemos Vera Kiala, que é sobrinha delas", diz Edgar Neto, auxiliar do treinador Filipe Cruz.

O handebol foi trazido a Angola pelos colonizadores portugueses. Em 1976, após a independência, o presidente Agostinho Neto começou um processo de massificação dos esportes no país. A seleção feminina foi crescendo e, em 1989, ganhou o campeonato africano pela primeira vez. Desde então, foram mais dez títulos. E dois vices. E um terceiro lugar, em 2014. "A Tunísia foi a última campeã, mas o título não deu vaga. Houve um torneio e nós vencemos", diz Luisa.

"As pérolas" é o nome da seleção feminina. "O sucesso foi muito grande e faz com que muitas meninas procurem os clubes para alcançar sucesso na carreira. Com o basquete masculino foi o mesmo, mas eles não conseguiram a classificação para o Rio", conta Neto.

A seleção é a 17ª no ranking da Federação Internacional de Handebol. Os jogos costumam ter um bom público e as jogadoras ganham um bom salário. "Eu ganho 10 mil dólares por mês", diz Luisa.

É a sexta participação de Angola seguida em Olimpíada. A melhor posição foi na estreia, em 1996, quando comandada por Palmira Barbosa, a melhor jogadora da história – sétimo lugar. Está no Grupo A, juntamente com Brasil, Romênia, Brasil, Montenegro, Espanha e Noruega. A classificação é muito difícil. 

 

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