Olimpíadas 2016

Primeiro doping olímpico foi causado por algumas cervejas tomadas por sueco

Eduardo Knapp/Folhapress

Do UOL, em São Paulo

Esqueça os anabolizantes, as drogas sofisticadas e as transfusões de sangue. O primeiro caso de doping oficial das Olimpíadas foi causado por cerveja. O sueco Hans-Gunnar Liljenwall, então com 27 anos, testou positivo para álcool nos Jogos de 1968, na Cidade do México. Culpa de duas cervejas, segundo ele, mas talvez de um pouco mais, de acordo com os resultados.

O exame antidoping, que estreou na Olimpíada daquele ano, apontou 0,81 grama de álcool por litro de sangue no organismo de Liljenwall, competidor do pentatlo moderno. Em um corpo masculino médio, isso equivale a três ou quatro latas de cerveja. O fato é que o sueco bebeu, admitiu e fez a equipe perder a medalha de bronze.

“Só tomei duas cervejas antes da prova de tiro para ficar mais calmo”, alegou Liljenwall. Segundo relatos da época, beber cerveja antes da prova de tiro era comum entre os atletas de pentatlo moderno.

Tony Duffy/Getty Images
Jogos Olímpicos de 1968 foi o primeiro com a realização de exames antidoping imagem: Tony Duffy/Getty Images

O próprio treinador da equipe sueca declarou que outros atletas do time haviam consumido álcool antes da competição, mas coube a Liljenwall entrar para a história como o primeiro atleta oficialmente flagrado em um exame antidoping.

Um ano antes daquela Olimpíada, o Comitê Olímpico Internacional (COI) havia incluído o álcool na lista de substâncias proibidas e estava determinado a instalar um controle rigoroso para coibir o doping no esporte.

Coincidência ou não, foi justamente nos Jogos da Cidade do México que Liljenwall teve seu melhor desempenho individual e por equipes nas Olimpíadas. Na edição anterior, a Suécia ficou em quarto lugar. Na edição seguinte a mexicana, em 1972, o time terminou em quinto. A medalha só tinha sido obtida mesmo em 1968, mas as cervejas de Liljenwall estragaram o saboroso gosto da medalha de bronze.

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