! Atletas paraolímpicos defendem companheiro acusado de ser falso cadeirante - 14/05/2016 - UOL Olimpíadas

Olimpíadas 2016

Atletas paraolímpicos defendem companheiro acusado de ser falso cadeirante

Do UOL, em São Paulo

A queda do atleta paraolímpico João Paulo Nascimento de sua cadeira de rodas durante a passagem da tocha olímpica por Anápolis no dia 4 de maio ainda segue repercutindo. O atleta que foi acusado de ser um falso cadeirante e ter seu perfil bombardeado de críticas e ofensas recebeu o apoio de outros diversos atletas com deficiência.

“Infelizmente só quem tem mais contato com o esporte paraolímpico sabe dos inúmeros tipos de deficiência e que nós podemos sim ser ativos. Espero que a realização dos Jogos Paralímpicos aqui no Brasil sirva para mostrar do que somos capazes”, disse a tenista brasileira Natalia Mayara, que teve as pernas amputadas após um atropelamento aos dois anos de idade.

“Fiquei indignada com algumas coisas que falaram. O preconceito já é menor, mas as pessoas ainda precisam aprender mais sobre o assunto. Tenho sequela de poliomielite na perna direita, então não mexo essa perna, mas a outra funciona perfeitamente – até melhor, porque trabalho muito para compensar. Se eu caísse, teria o mesmo reflexo que ele (João Paulo) teve”, disse Marcia Menezes, atleta do halterofilismo.

João Paulo tem geno valgo, a doença do joelho em "X". As pernas não ficam alinhadas e os joelhos se aproximam, deixando os pés afastados, o que dificulta o caminhar. Apesar de fazer parte da seleção brasileira de cadeirantes, ele consegue se locomover em seu dia a dia sem precisar da cadeira.

Isso, entretanto, não o desqualifica como atleta paraolímpico. O basquete de cadeirantes, assim como outras modalidades, não é restrita apenas a paraplégicos. Amputados e pessoas com deficiência de locomoção, por exemplo, podem praticá-lo. A classificação de cada tipo de deficiência é feita pelo Comitê Paraolímpico Internacional (IPC, na sigla em inglês).

 

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