Em Pequim-2008, logo após a conquista do ouro em vitória por 3 sets a 1 sobre os Estados Unidos, a seleção brasileira feminina de vôlei endossou o coro de ‘cala boca’ contra os críticos que chamavam a geração de Atenas-2004 de ‘amarelona’. Quatro anos depois, com o mesmo adversário e o mesmo placar, mas agora em Londres, a oposta Sheilla resgatou o mesmo discurso.

A atacante, um dos destaques do time na campanha vitoriosa de 2012, fez questão de responder àqueles que duvidaram da capacidade do time depois da primeira fase ruim e das derrotas para Estados Unidos e Coreia do Sul.

“A gente sabia que ia ganhar, eu falei isso desde o começo. Muitos duvidaram, mas a gente calou a boca de muita gente”, declarou Sheilla em entrevista à Record. “Ser campeã olímpica é algo indescritível. O mundo para pra te assistir e você se consagra. Não tem nem o que falar”, disse uma das remanescentes do ouro de Pequim.

Sempre polido e muito educado, o técnico José Roberto Guimarães, que aceitou as críticas da fase classificatória e admitiu o jogo ruim das brasileiras nas primeiras partidas, também fez questão de pedir reconhecimento pela vitória deste sábado.

“Os Estados Unidos são o melhor time, o primeiro set mostrou como elas jogam. Mas a partir do momento que a gente entrou no jogo, abalou um pouco as estruturas. Nosso bloqueio e defesa, nosso saque foi excepcional. A gente estava esperando esse momento”, afirmou o tricampeão olímpico.

“E principalmente porque sempre que a gente ia para uma competição, ganhava na classificação e perdia na final, diziam que o técnico dos Estados Unidos estudou nosso time. Tomara que agora falem a mesma coisa no Brasil. A gente estudou muito os Estados Unidos e conseguiu vencer taticamente”, completou. “Não vou chorar, porque o momento é de alegria, é de aproveitar. Curtam vocês aí no Brasil”.