Londres leva crianças ao Pré-Olímpico de ginástica para fomentar esporte
Felipe Rocha
Do UOL, em Londres (ING)
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Adrian Dennis/AFP
Vista da arena North Greenwich, em Londres, durante o Pré-Olímpico de ginástica
O Pré-Olímpico de ginástica, em Londres, recebeu um bom público durante a semana que passou, para surpresa da própria organização do evento. A torcida foi incrementada por colégios da capital inglesa, que levaram seus alunos para acompanhar o torneio com o intuito de estimulá-los a praticar esportes.
A competição, disputada na arena North Greenwich, em Londres, começou na terça-feira, dia 10, e foi interrompida na sexta-feira. Houve nesses dias as disputas da ginástica artística e da ginástica de trampolim. Entre segunda e quarta-feira, será a vez de a ginástica rítmica entrar em ação no moderno ginásio londrino.
“Ao todo, foram vendidos mais de 40 mil bilhetes para toda a competição, uma surpresa positiva”, disse um dos organizadores do evento-teste para Londres-2012.
Os ingressos custavam 10 ou 20 libras esterlinas (cerca de R$ 27 e R$ 55), e o público podia escolher entre duas sessões diferentes: das 9h30 às 14h30 ou das 16h30 até 21h50 (horários locais).
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“Sempre gostei de acompanhar ginástica e não quis perder a oportunidade de ver a seleção de perto”, disse Pedro Figueiredo, estudante brasileiro que está morando em Londres para aprender inglês.
“Estamos ansiosos para ver a Jade (Barbosa). Ela é a melhor da equipe no momento e tem tudo pra fazer uma boa apresentação”, completou o paranaense Eric Chen, antes de a equipe verde-amarela garantir a vaga olímpica, na quarta passada.
Nas sessões matutinas/vespertinas, as arquibancadas não estiveram lotadas em nenhum dia do evento, fato que ocorreu nas duas sessões das finais individuais por aparelhos, mas sempre estiveram com mais da metade dos lugares ocupados.
Famílias, turistas e, especialmente, crianças e adolescentes eram a maioria nas cadeiras da arena. Dezenas de escolas da capital inglesa trouxeram os alunos para acompanhar de perto a disputa da ginástica artística.
“Trazer as crianças aqui é uma forma de incentivá-las a praticar esportes. Nós entendemos que, além da diversão e da oportunidade de acompanhar de perto um evento tão importante, existe também o aprendizado que os alunos têm com os atletas sobre o trabalho em equipe, superação e concentração”, disse a professora Christina Clew.
O ginasta brasileiro Sérgio Sasaki aprovou o clima no local que será a casa da ginástica em Londres-2012, além de receber as finais do basquete na Olimpíada e as do basquete para cadeirantes na Paralimpíada.
“Achei bem legal ver o ginásio cheio desse jeito. Estive aqui em 2009 (na disputa do Mundial) e não tinha tanta gente como agora. O público não é tão quente que nem o brasileiro, mas é sempre bom ver a arena cheia”, disse Sasaki.
“Qualquer ginasta gosta de estar em ginásios grandes como este. Quando está lotado, então, é melhor ainda”, concordou Daiane dos Santos.
Além da arena principal, onde está sendo realizado o Pré-Olímpico e que pode abrigar 20 mil pessoas, o complexo ainda abriga uma casa de shows de menor capacidade (2.400 pessoas), uma casa noturna e 20 restaurantes (sendo um rodízio de carnes à brasileira), além de 11 salas de cinema e um espaço para exposições.